Animais estão sendo transportados para santuários
EM 10 DE MAIO, os dois últimos zoológicos estatais — ou seja, que pertencem ao governo — da Costa Rica fecharam as portas. Os zoológicos públicos foram proibidos no país em 2013, por uma lei nacional. Agora, o contrato entre o governo e a empresa que administrava os locais foi definitivamente encerrado.
Em nota, o ministro do Meio Ambiente e Energia da Costa Rica, Franz Tattenbach, informou que os 287 animais que viviam no zoológico Simón Bolívar e no Centro de Conservação Santa Ana estão sendo transferidos para o Centro de Reabilitação da Vida Selvagem. O lugar é um santuário que prepara animais para a reinserção no meio ambiente e mantém aqueles incapazes de retornar à natureza. O país, no entanto, não proibiu a existência de zoológicos privados (instituições independentes do governo).
Qual o papel dos zoológicos?
Algumas pessoas veem esses espaços como locais de exploração e abuso de espécies selvagens. A organização Peta (em português, Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais), uma das maiores entidades a favor dos direitos dos animais, diz ser contra zoológicos, uma vez que eles promovem entretenimento e lucro a partir do aprisionamento antinatural de seres vivos.
Por outro lado, alguns biólogos e pesquisadores afirmam que esses locais contribuem para a conservação das espécies, além de cumprir com um papel educativo. “Os zoológicos sérios trabalham com ótimos especialistas e um cardápio elaborado de alimentação. Há também estímulos para que o animal faça atividades físicas para não ficar ocioso e estressado”, explica o biólogo Guilherme Domenichelli, em entrevista ao Joca.
FONTES: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E ENERGIA (COSTA RICA), SICULTURA, O ECO, PETA E THE NEW YORK TIMES.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 225 do jornal Joca.
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