A Nintendo anunciou em 11 de junho que vendeu mais de 3,5 milhões de unidades do Switch 2 nos quatro primeiros dias após o lançamento. O novo console se tornou o videogame com o melhor desempenho de estreia da história da empresa japonesa, que tem quase 50 anos de mercado.

O Switch 2 é o sucessor do Nintendo Switch, lançado em 2017, que é um dos consoles mais populares de todos os tempos. Até hoje, a primeira versão já vendeu mais de 152 milhões de unidades no mundo, sendo o terceiro console mais comercializado da história.

Para o atual ano fiscal, que vai até março de 2026, a Nintendo espera vender 15 milhões de unidades do novo modelo — número semelhante ao que o primeiro Switch alcançou no lançamento.

Apesar do bom começo, especialistas acreditam que manter esse ritmo de vendas pode ser difícil. Darang Candra, pesquisador da empresa Niko Partners, explicou em entrevista à agência AFP que parte da alta demanda inicial pode estar relacionada a preocupações econômicas.

“Pode ser que os consumidores estejam antecipando a compra por receio de um possível aumento de preços, em razão das tarifas nos Estados Unidos”, comentou.

Segundo ele, o desempenho a longo prazo vai depender da quantidade e qualidade dos novos jogos, além da capacidade da Nintendo de chamar a atenção de jogadores casuais em novos mercados, como Oriente Médio e outros países asiáticos.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em abril, o presidente da Nintendo, Doug Bowser, afirmou que a empresa continuará dando suporte ao Switch original por um bom tempo, algo diferente do que costumava acontecer com versões anteriores. Um dos motivos seria a alta procura pelo primeiro modelo em lugares como EUA e a América Latina.

O preço do novo console também merece destaque. Nos EUA, o Switch 2 custa 499,99 dólares (cerca de 2.780 reais na cotação atual), enquanto o modelo original custava 299,99 dólares (1.670 reais). No Brasil, o Switch 2 está à venda por 4.499,90 reais.

Esses fatores — como preço, novos jogos e apoio ao modelo anterior — devem influenciar o desempenho das vendas em todo o mundo nos próximos meses.

Fontes: O Globo, CNN Brasil e Folha de S.Paulo.

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