No dia 2 de setembro, o jornal Folha de S. Paulo e o instituto de pesquisa Datafolha divulgaram o “Ranking de eficiência dos municípios – Folha” (REM-F), que aponta quais cidades brasileiras entregam mais serviços básicos para a população usando menos dinheiro público. 

Apenas 3% dos municípios foram considerados eficientes, enquanto 68% entraram na classificação “alguma eficiência”, 27,5% em “pouca eficiência” e 1,3% foram avaliados como “ineficientes”. A pesquisa analisou dados de saúde, educação e saneamento básico de 5.276 cidades brasileiras, 95% do total de municípios do país. 

O levantamento, no entanto, não pode ser usado para avaliar a atual gestão das cidades, pois analisa o histórico de décadas. 

#pracegover: Vista aérea de uma cidade. É possível ver parte da vegetação e prédios. Crédito de imagem: GettyImages

Como o estudo foi feito?

O REM-F levou em consideração quanto foi gasto em diferentes áreas consideradas essenciais para a população e a quantidade de projetos e ações executadas nesses setores ao longo do tempo. Quanto mais realizações usando menos dinheiro, mais eficiente foi considerada a cidade. A escala de avaliação vai de 0 a 1 — a pior colocação foi de 0.220 e melhor, de 0.769.

Para fazer o levantamento, foram utilizados dados públicos dos municípios, ou seja, informações de todas as áreas das prefeituras que mostram como e onde o dinheiro público foi gasto. Cerca de 290 cidades ficaram de fora do ranking por não ter dados suficientes disponíveis.

PARA VOTAR, MELHOR SE INFORMAR 

No dia 6 de outubro, os brasileiros escolherão os próximos prefeitos e vereadores da cidade em que moram. Para fazer sua opção com consciência, uma dica é pesquisar sobre as necessidades do município e compará-las com as promessas dos candidatos.

Há uma lei no Brasil que obriga a todos os órgãos públicos a compartilhar informações do trabalho feito pelas prefeituras e câmaras municipais (onde os vereadores atuam) para facilitar o acesso da população a esses dados. “Assim, o cidadão tem condições de avaliar a eficiência dos gastos públicos. A imprensa também pode fazer mais tranquilamente seu papel de fiscalizar e averiguar se a administração está agindo sempre no melhor interesse de todos os cidadãos”, diz André Eler, diretor técnico da Bites, empresa especializada em análise de dados em política.

OS 20 MUNICÍPIOS MAIS EFICIENTES 

1˚ Botucatu SP – 0,769 

2˚ Belo Horizonte MG – 0,736 

3˚ Vitória ES – 0,728 

4˚ Volta Redonda RJ – 0,725 

5˚ Tubarão SC – 0,723 

6˚ Catanduva SP – 0,712 

7˚ Fernandópolis SP – 0,703 

8˚ Maringá PR – 0,691 

9˚ Florianópolis SC – 0,685 

10˚ Ribeirão Preto SP – 0,681 

11˚ Roseira SP – 0,680 

12˚ Votuporanga SP – 0,678 

13˚ Ibirama SC – 0,676 

14˚ Marília SP – 0,675 

15˚ Guaporé RS – 0,674 

16˚ Santa Cruz RN – 0,672 

17˚ Muriaé MG – 0.672 

18˚ Jardim do Seridó RN – 0,671 

19˚ Umuarama PR – 0,670 

20˚ Quintana SP – 0,669

Fontes: Tribunal Superior Eleitoral, DataFolha e Folha de São Paulo.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 230 do jornal Joca

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