Desde 1951, a Bienal de São Paulo reúne artistas do mundo todo e provoca reflexões sobre cultura, sociedade e identidade
A Bienal de São Paulo é uma das maiores e mais importantes exposições de arte contemporânea do mundo. Criada em 1951, acontece a cada dois anos (daí o nome “bienal”), sempre no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é um ícone da arquitetura moderna brasileira. A Bienal tem como objetivo mostrar ao público as produções mais relevantes da arte contemporânea — obras criadas nas últimas décadas e que dialogam com questões atuais.
A mostra reúne artistas do Brasil e de diversos países, abordando temas sociais, políticos, históricos e culturais. Ela é organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, instituição sem fins lucrativos criada em 1962 por Ciccillo Matarazzo.
A Fundação cuida de todas as etapas da mostra: escolhe os curadores (que selecionam as obras e artistas), organiza as montagens, cria ações e materiais educativos, publica catálogos e leva partes da exposição para outros países e cidades — processo chamado de “itinerância”.
Além disso, a Fundação representa o Brasil na Bienal de Veneza e mantém o Arquivo Histórico Wanda Svevo, com registros de todas as edições passadas.
Ao longo de mais de 70 anos, a Bienal viveu momentos marcantes. Em 1953, a “Bienal da Guernica” exibiu a famosa pintura Guernica (1937), de Pablo Picasso, que denuncia os horrores da Guerra Civil Espanhola — obra que nunca mais voltou ao Brasil. Em 1998, a “Bienal da Antropofagia” destacou a ideia de “antropofagia cultural”: absorver influências estrangeiras para criar algo novo e brasileiro. Essa edição valorizou a diversidade artística do país e influenciou o debate sobre identidade cultural.
Na Bienal, o público encontra pinturas, esculturas, vídeos, performances, instalações e outras formas de arte. Muitas obras despertam perguntas,
provocam estranhamento ou estimulam reflexões. Essa é uma das funções da arte contemporânea: não trazer respostas prontas, mas nos fazer pensar sobre o mundo em que vivemos.
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