Espécie teria surgido na ilha de Madagascar, na África
UMA PESQUISA publicada no dia 15 de maio, pela revista científica Nature, revelou a origem dos baobás, árvores que chegam a viver por milênios.
Alcançando até 30 metros de altura e com os galhos nascendo apenas na parte mais alta do tronco, os baobás teriam surgido há cerca de 21 milhões de anos, na ilha de Madagascar, na África. O estudo foi feito por cientistas da China, do Reino Unido e de Madagascar.
A análise levou em conta o material genético (DNA) dos baobás. De Madagascar, as sementes das árvores viajaram à Austrália e África Continental em correntes marítimas. A altura dos baobás e os animais polinizadores foram os principais responsáveis pela disseminação do material genético.
Atualmente, existem nove espécies diferentes de baobá no planeta, todas pertencentes ao gênero Adansonia. No Brasil, encontra-se a Adansonia digitata L., no Recife (PE) e em Brasília (DF).
A pesquisa também alerta para o perigo de extinção dos baobás. Todas as espécies estão na lista vermelha da União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Algumas delas, especialmente as de Madagascar, têm uma diversidade genética baixa, o que, aliado aos efeitos das mudanças climáticas, pode resultar em sua extinção.
Baobá cultural
O baobá tem grande importância cultural e religiosa. É considerado sagrado para religiões de matriz africana, além de ser conhecido como “árvore da vida”, por sua longevidade. Para as tradições africanas, as raízes da árvore simbolizam a memória ancestral de um povo, e o tronco, sua juventude.
FONTES: NATURE, CONGRESSO INTERNACIONAL E INTERDISCIPLINAR EM PATRIMÔNIO CULTURAL, INFOESCOLA, G1 E UM SÓ PLANETA.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 225 do jornal Joca.
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