Personagem foi criada em 1964 e fez sucesso internacional
A personagem Mafalda, a mais famosa criação do cartunista argentino Quino, vai virar série da Netflix. O anúncio foi feito no dia 5 de agosto, durante o Hecho en Argentina, evento realizado pela plataforma de streaming para celebrar produções do país. A obra será dirigida por Juan José Campanella, vencedor de um Oscar e dois prêmios Emmy, e a produção será do estúdio Mundoloco CGI.
“Sonhamos que aqueles de nós que se dedicaram a ela [a personagem Mafalda] desde o começo possam compartilhá-la com nossos filhos, e mesmo que haja coisas reservadas apenas para adultos, todos podemos rir alto como uma família”, declarou Juan sobre a nova animação.
Até o momento, não há data prevista para a estreia da série. Nas redes sociais, a Netflix declarou que será em breve — e compartilhou uma imagem em que é possível ver o característico lacinho de Mafalda sobre o globo terrestre.
A personagem Mafalda é uma garota de 6 anos curiosa e indagadora a respeito de questões sociais, filosóficas e políticas. Criada em 1964, a protagonista das tirinhas (que é fã dos Beatles e odeia sopa) tem uma turma de amigos da mesma faixa etária, além de sua família e professores, como interlocutores. Com seu olhar de criança astuta, Mafalda é muito boa em fazer perguntas e tirar conclusões sobre temas complicados que estavam presentes na sociedade argentina enquanto as tirinhas da personagem eram sendo publicadas — e que continuam atuais, como democracia, igualdade de gênero, direitos humanos, meio ambiente e desigualdades sociais. Apesar da presença de crianças, as tirinhas de Mafalda cativam pessoas de todas as idades.
Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, é considerado um dos mais importantes cartunistas do mundo, ganhador do Prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades, em 2014, que celebra quem contribui para o bem-estar social a partir de produções culturais e de comunicação. Quino faleceu em 2020, aos 88 anos.
FONTES: FOLHA DE S.PAULO, CNN, USP E OMELETE.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 228 do jornal Joca.
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