No dia 9 de junho, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o parlamento (assembleia composta por políticos que representam os cidadãos) do país e convocou novas eleições, que serão realizadas em dois turnos, nos dias 30 de junho e 7 de julho.

Essa decisão ocorreu após o partido do político, Renascimento, perder as eleições do parlamento europeu para seu maior rival, o Reunião Nacional — considerado de extrema direita. Os partidos e governos de extrema direita valorizam, por exemplo, o endurecimento de políticas migratórias e o livre mercado (em que o governo não participa tanto de decisões econômicas).


#pracegover: Emmanuel Macron caminha por uma área aberta. Ele veste terno azul, gravata azul e camisa branca. Ao lado dele há outros homens, todos de terno azul. Crédito de imagem: Sebastien Courdji/Getty Images

Os parlamentos francês e europeu são distintos. Enquanto o primeiro é responsável pelo poder legislativo da França, o europeu tem como função pensar nas leis da União Europeia. Nas últimas eleições do parlamento europeu, realizadas entre 6 e 9 de junho, partidos de extrema direita lideraram a votação na França e Itália e ficaram bem posicionados nas votações da Alemanha, Polônia e Países Baixos. Com isso, eles devem ocupar mais cadeiras do que antes. No entanto, outros partidos continuam sendo maioria, com mais de 400 parlamentares eleitos.

Com o avanço da oposição na União Europeia, Macron decidiu convocar novas eleições para tentar garantir a maioria de parlamentares do Renascimento (e de partidos com ideias mais parecidas com as dele) no comando do país. Em pronunciamento oficial, o presidente afirmou que considera o crescimento da extrema direita uma ameaça à França e à Europa. “Eu não poderia fingir que nada aconteceu”, declarou.

Atualmente, Macron não tem maioria no parlamento francês e precisa fazer muitas alianças para aprovar seus projetos. Agora, com as novas eleições, a expectativa é de conseguir aumentar sua base entre os deputados. É uma tentativa considerada de alto risco por especialistas, já que, caso a oposição vença, Macron pode perderá ainda mais espaço. Dissolver o parlamento está previsto na legislação da França, mas isso aconteceu somente oito vezes em cem anos.

COMO FUNCIONAM AS ELEIÇÕES DO PARLAMENTO EUROPEU

Os 27 Estados-membros que integram a União Europeia escolhem os cerca de 720 integrantes do parlamento europeu (o número pode variar) a cada cinco anos. Cada país elege candidatos de partidos nacionais, escolhidos pelos cidadãos locais. As vagas são divididas proporcionalmente pelo tamanho das nações, respeitando o mínimo de seis e o máximo de 96.

FONTES: G1, AGÊNCIA BRASIL, TV GLOBO, O GLOBO, UOL E UNIÃO EUROPEIA.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 226 do jornal Joca.

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