Crédito de imagem: Getty Images

Em 13 de junho de 2025, o mundo parou para observar mais uma escalada de tensão no Oriente Médio.

Durante 12 dias, Irã e Israel trocaram ataques intensos, deixando centenas de mortos e milhares de feridos. Em 24 de junho, um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos (EUA) foi anunciado, mas até agora, o medo e a instabilidade continuam.

Diante de um cenário tão delicado e assustador, eu me peguei pensando: será que outros jovens como eu estão atentos a esse fato? Será que entendem o que está acontecendo e como isso pode nos afetar? Em busca das respostas, conversei com amigas de diferentes países e realidades. Confira o que elas me falaram:

Beatriz C., 17 anos, de São Paulo, Brasil

Por ser judia, ela se sente diretamente atingida. Acompanhando as notícias por várias fontes — de canais israelenses a árabes, ela falou que se preocupa com o aumento do antissemitismo. Disposta a cursar uma faculdade nos EUA, ela tem como uma de suas preocupações encontrar um lugar seguro para estudar. Beatriz conta que presenciou uma união maior entre os judeus. “Criamos uma comunidade muito grande.”

Yihuan Z., 18 anos, no Chile

Mesmo não estando próxima fisicamente do conflito, ela sente o impacto no ambiente da escola, que é cheia de estudantes internacionais. Muitos deles, segundo ela, têm “laços diretos com Israel, o Irã e o Oriente Médio”. Ela se preocupa com a escalada da violência e a pouca informação que muitos jovens têm sobre as raízes históricas desse conflito.

Carolina C., 15 anos, de Roma, na Itália

Ela se informa principalmente pelas redes sociais e sente medo “quando vê imagens fortes de pessoas que estão sofrendo”.

Gina S., de 17 anos, de Barcelona, na Espanha

Para Gina, as redes sociais ajudam a entender o que está ocorrendo, “já que são a forma mais acessível de adquirir essa informação”. Mas ela alerta que, muitas vezes, as informações são simplificadas demais e deixam de fora partes importantes da história.

Kayla Y., de 17 anos, no Peru

Kayla tem medo de como as novas tecnologias, como drones e ataques virtuais, tornam as guerras mais imprevisíveis. Ela acredita que essa instabilidade pode afetar diretamente o futuro da nossa geração.

Alessia R., de 17 anos, de Miami, nos EUA

Ela também “sente muito medo”. Sua família deixou a Venezuela justamente em virtude da violência, então ver tudo isso acontecendo de novo, em outro lugar, traz muitas memórias e inseguranças.

Luísa D., de 15 anos, de Miami, nos EUA

Ela acompanha as notícias pelo New York Times, um dos principais jornais norte-americanos, mas vê o conflito como algo distante. Para ela, o tom mais leve que às vezes aparece nas redes sociais ajuda a lidar com a “angústia que esse tipo de notícia traz”.

Conclusão

Sendo uma menina de 16 anos morando em São Paulo, eu confesso que tudo isso me assusta bastante. Sinto medo por quem está vivendo diretamente nesses lugares em guerra, por quem precisa correr para se proteger, deixar tudo para trás ou enfrentar perdas irreparáveis.

Assim como muitas das minhas amigas, eu me informo principalmente pelas redes sociais, que são rápidas e acessíveis. Mas, justamente por saber o quanto elas podem confundir ou espalhar informações erradas, sempre tento checar o que vejo, comparar fontes e entender o contexto antes de tirar conclusões.

Apesar de todas essas experiências diferentes, uma coisa ficou clara: todo mundo sente, de algum jeito. Seja pelo medo, pela tristeza, pela insegurança ou pela confusão diante de tantas informações misturadas. Os jovens estão olhando para o mundo — e tentando entendê-lo. E talvez o mais importante agora seja isto: conversar, trocar, escutar. Porque, mesmo que a gente não possa mudar tudo, pode começar entendendo melhor o que está ocorrendo.

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