Bruno Pereira e Dom Phillips estavam desaparecidos
A Polícia Federal confirmou, em 14 de junho, que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, que estavam desaparecidos, foram encontrados mortos. Três homens estão presos por suspeita de serem autores do crime. Dois dias antes, diversas manifestações haviam ocorrido em cidades brasileiras cobrando por mais agilidade nas investigações sobre o que teria acontecido com eles.
O Alto Comissariado das Nações Unidas Para os Direitos Humanos (Acnudh) divulgou uma nota lamentando o ocorrido. “Apelamos às autoridades estatais que assegurem que as investigações sejam imparciais, transparentes e exaustivas e que seja prestada reparação às famílias das vítimas”, disse o comunicado. A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) também enviou uma mensagem de pesar.
Dom Phillips e Bruno Pereira estavam em uma expedição na floresta, colhendo informações para um livro, quando desapareceram a poucos quilômetros do Vale do Javari, no estado do Amazonas, em 5 de junho. Eles viajavam de barco no trecho que liga o lago do Jaburu ao município de Atalaia do Norte.
Apesar das prisões, uma investigação segue sendo feita pela polícia para descobrir o que motivou o crime e se alguém ordenou que os dois fossem mortos.
Quem são Bruno Pereira e Dom Phillips?
Bruno Pereira: indigenista e servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), estava ensinando povos indígenas a usarem tecnologias para monitorar suas terras.
Dom Phillips: jornalista britânico que morava no Brasil há 15 anos, publicou diversas reportagens sobre desmatamento e crimes que ocorrem na Amazônia. Estava escrevendo um livro chamado Como Salvar a Amazônia.
O que faz um indigenista?
Ele é a ponte entre o Estado brasileiro e os povos indígenas. Trata-se de um especialista que estuda os indígenas para ajudar a sociedade a entendê-los melhor, além de atuar na garantia dos direitos e proteção desses povos.
Fontes: Estadão, BBC Brasil, UOL, O Povo Online, O Globo, Band, TV Brasil e G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 190 do jornal Joca.
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