O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou que o Sudão passa por uma grave crise de fome
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou, em 3 de junho, que mais de 4 milhões de pessoas fugiram do Sudão desde o início da guerra civil, em 2023. Outras 10,5 milhões foram obrigadas a deixar a casa em que viviam em razão da violência e se deslocaram dentro do país. A maioria vive em abrigos inadequados e sem acesso a itens básicos, como comida e atendimento médico.
“É um marco devastador nesta que é a crise de deslocamento mais grave do mundo no momento”, afirmou Eujin Byun, porta-voz da Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR), em coletiva de imprensa.
No dia 10 de junho, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou que o Sudão passa por uma grave crise de fome, agravada pela falta de doações internacionais.
O país fica no nordeste da África e é o terceiro maior do continente. Faz fronteira com sete países: Chade, Sudão do Sul, Egito, Eritreia, Etiópia, República Centro-Africana e Líbia. Esses locais estão recebendo refugiados, mas não têm estrutura suficiente para abrigá-los adequadamente.
Segundo a ONU, apenas 14% dos cerca de 1,7 bilhão de dólares (ou 9,4 bilhões de reais) solicitados para ajudar esses países foram arrecadados até agora.
O que está acontecendo no Sudão?
Desde 2019, o Sudão vive uma crise política. Tudo começou com a queda do ex-presidente Omar al-Bashir, que estava no poder havia 30 anos. Depois disso, um governo civil assumiu, mas foi derrubado por militares, em 2021.
Em 2023, dois grupos armados — as Forças de Apoio Rápido e as Forças Armadas Sudanesas— começaram a disputar o controle do país.
Fontes: CNN Brasil, ACNUR e ONU.
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