COMO O RISCO DE EXTINÇÃO É AVALIADO?
Para determinar o status de cada espécie, é utilizada uma metodologia desenvolvida pela União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), órgão com sede na Suíça que se dedica à conservação do meio ambiente e seres vivos. A relação de espécies ameaçadas é chamada de Red List (lista vermelha, em tradução livre) e atualizada constantemente no portal da IUCN, conforme as espécies passam pelo processo de análise ambiental.

No Brasil, a entidade responsável por classificar e divulgar os seres vivos em risco é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a partir do método da IUCN.

#pracegover: Ilustração mostra alguns animais em extinção. A arara-de-garganta-azul tem os pelos da parte superior do corpo azul, a garganta azul e os pelos da parte inferior amarelos. O rinoceronte-de-Java tem o corpo todo cinza. O mico-leão-dourado tem a pelugem em tons de laranja. Crédito | ILUSTRAÇÃO: MILENA BRANCO. FOTOS: GETTY IMAGES, GETTY IMAGES ISTOCKPHOTO, WIKIMEDIA COMMONS, GETTY IMAGES DORLING KINDERSLEY RF E PIXABAY

ATUALIZAÇÕES DA RED LIST
Quando uma entidade, indivíduo ou parceiro da IUCN quer catalogar novas informações sobre uma espécie, é preciso elaborar uma avaliação sobre ela. Ou seja, seguindo as orientações do órgão, é necessário pesquisar e coletar informações a respeito da espécie, elaborar um estudo sobre seu habitat, anexar fotografias e outros conteúdos que provem os dados reunidos.

Então o material é encaminhado para membros da IUCN, que farão uma revisão em até três meses. Apenas depois de corrigidas quaisquer desinformações é que a avaliação entra para a base de dados da Red List.

A IUCN, no entanto, afirma que todo o material catalogado contém uma margem de erro, em razão das dificuldades técnicas de se ter 100% de acesso às espécies, além da falta de dados sobre alguns grupos. Alguns exemplos de seres que ainda precisam de mais informações na Red List são espécies de plantas, invertebrados e fungos, além de espécies marinhas e de água doce.

CONHEÇA ALGUNS ANIMAIS COM RISCO CRÍTICO DE EXTINÇÃO

ARARA-DE-GARGANTA-AZUL (ARA GLAUCOGULARIS)
População estimada: 208 a 303 indivíduos adultos.
Habitat natural: florestas e savanas.
Distribuição pelo planeta: vive na Bolívia, especialmente na região norte do país. 2.

TARTARUGA-GIGANTE DO YANGTZE (RAFETUS SWINHOEI)
População estimada: três indivíduos adultos.
Habitat natural: áreas úmidas.
Distribuição pelo planeta: duas vivem em um ambiente semiartificial no Vietnã e uma fêmea está na China.

RINOCERONTE-DE-JAVA (RHINOCEROS SONDAICUS)
População estimada: 18 indivíduos adultos.
Habitat natural: florestas.
Distribuição pelo planeta: estima-se que haja apenas um local isolado onde a espécie é encontrada, na Indonésia.

QUANTOS ANIMAIS COM RISCO DE EXTINÇÃO EXISTEM NO BRASIL?*
São 1.249 espécies. Elas estão divididas em:
257 aves
59 anfíbios
71 répteis
102 mamíferos
97 peixes marinhos (vivem em água salgada, no oceano)
291 peixes continentais (vivem em água doce, como rios e lagos)
97 invertebrados aquáticos (não têm coluna vertebral e vivem na água, como o polvo e a água-viva) 2/
75 invertebrados terrestres (como a minhoca e a formiga)

SITUAÇÃO NO MUNDO*
778 espécies de animais extintas
38 extintas na natureza (ou seja, ainda há indivíduos em laboratórios, centros de pesquisas e demais habitats artificiais)
3.797 com risco crítico de extinção
5.996 ameaçadas
6.927 vulneráveis
18 em baixo risco e dependentes de conservação
4.985 quase ameaçadas
47.528 de baixa preocupação
15.467 espécies com dados insuficientes de informação

*De acordo com dados de agosto de 2022

Fontes: ICMBio, IUCN e O Eco.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 193 do jornal Joca.

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