Essa matéria foi originalmente publicada na edição 244 do Joca
A história do cão de serviço Teddy chamou a atenção do país nas últimas semanas. Após ser impedido três vezes de embarcar do Brasil rumo a Portugal com sua família em um voo da companhia aérea portuguesa TAP, o labrador finalmente conseguiu viajar no dia 30 de maio, acompanhado do treinador Ricardo Cazarotte. Teddy é um cão de serviço que auxilia Alice, de 12 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com o pai de Alice, Renato Sá, durante os 50 dias em que ficou longe do cachorro, a menina enfrentou dificuldades emocionais, crises e perda de autonomia. Depois de negociações entre a família, o Ministério de Portos e Aeroportos e representantes da TAP, Teddy pôde voar e reencontrou Alice em Lisboa.
Cachorros como Teddy não são apenas companheiros — são treinados para oferecer suporte real e constante. Esses cães de assistência são divididos em grupos, de acordo com a função que desempenham (veja no quadro ao lado).
Eles passam por um treinamento longo, que pode durar cerca de dois anos. “É importante falar sobre o vínculo, porque as pessoas, erroneamente, acham que tudo se baseia em treinamento; na verdade, a base está no vínculo emocional criado para o cão ajudar a pessoa de quem gosta”, explica Fabiano Pereira, instrutor especializado em cães-guia do Instituto Adimax, em entrevista ao Joca.
Cães-guia
Auxiliam pessoas cegas ou com baixa visão a se locomover com segurança.
Cães ouvintes
Colaboram com pessoas com deficiência auditiva na percepção de sons importantes, como toque do telefone ou alarme de incêndio.
Cães de serviço
Trabalham com pessoas que vivem com autismo, epilepsia, diabetes ou outras condições. Eles podem alertar para crises, acalmar a pessoa em momentos de estresse, buscar objetos ou acionar ajuda.
A Terapia Assistida por Animais (TAA) também utiliza o contato com bichos no tratamento de questões físicas, emocionais e comportamentais. Além de cães, cavalos, gatos, pássaros e até furões podem colaborar com a terapia.
A escolha depende do tipo de tratamento e do perfil dos pacientes. As sessões sempre ocorrem com o acompanhamento de profissionais da saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais ou fisioterapeutas. Para atuar com cães de serviço, cães-guia e outros animais da TAA e treiná-los para essa finalidade, são necessárias certificações específicas.
Cavalos
São usados em equoterapia para ajudar no equilíbrio e na força física.
Gatos e coelhos
Podem acalmar crianças internadas em hospitais.
Cães
Ajudam a reduzir a solidão em asilos e clínicas.
Fontes: Terra, G1, CNN Brasil e Cão Inclusão.
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