Em algumas famílias ainda permanece aquela ideia separatista de que assunto de adulto não é assunto de criança. Trata-se de uma lógica que deixa muitos acontecimentos importantes de fora do universo infantojuvenil, bem como exclui crianças e adolescentes das conversas do dia a dia. As informações, porém, circulam pelos meios de comunicação e em algum momento chegam aos mais jovens que, despreparados, nem sempre sabem como absorvê-las ou encará-las. A educação midiática, nesse contexto, passa a ter um papel fundamental para que crianças e adolescentes possam interagir com as informações de forma crítica e reflexiva.
Como a educação midiática se relaciona com o pensamento crítico?
A educação midiática instrumentaliza crianças, adolescentes e também adultos a acessar fontes de informação e recursos tecnológicos de maneira questionadora e reflexiva. Por meio dela, as pessoas aprendem a lidar com os diferentes meios de comunicação disponíveis no mundo contemporâneo – televisão, sites de internet, redes sociais, jornal impresso e rádios – com discernimento
Ao serem educados sobre como consumir conteúdo oriundo das mídias, crianças e adolescentes também se tornam competentes para identificar informações duvidosas ou falsas – as famosas fake news – assim como refletir sobre autoria e intencionalidade dos conteúdos. Ademais, o estímulo ao conhecimento, seja em casa ou na escola, é a porta de entrada para o interesse em se informar com maior profundidade.
Pense, como exemplo, nas notícias sobre a Covid-19 e a pandemia: as imagens dos hospitais lotados e das pessoas usando máscaras podem deixar as crianças confusas e preocupadas. Além disso, a situação de isolamento social afetou a saúde emocional de todos, até dos mais jovens. Quem perdeu familiares e amigos devido à doença ainda passa pelo luto e pela tristeza.
Neste cenário, é fundamental informar crianças e adolescentes, de maneira adequada e contextualizada, sobre o que está acontecendo no planeta. Assim, eles serão estimulados a entender o assunto ao se questionarem sobre os porquês do mundo e mais facilmente conseguem lidar com seus sentimentos. Por isso é que o Joca é um material adequado para o público infantojuvenil. Em relação a esse tema do exemplo, o jornal explora a temática por meio de matérias sobre ciência, vacinação e uso de máscaras, com foco em informar, contextualizando a situação e utilizando linguagem adequada à faixa etária.
Desse modo, todo o conjunto de habilidades que podem ser desenvolvidas a partir do consumo de conteúdos jornalísticos, respaldados pelos princípios da educação midiática, forma um cidadão curioso, com pensamento crítico e responsável pelo conteúdo que consome e que divulga aos outros em suas redes sociais e grupos de amigos e família.
Além do pensamento crítico, o trabalho com pautas sensíveis
O estímulo para que crianças e adolescentes se tornem pessoas conscientes e críticas acerca do que acontece em seu entorno deve partir tanto das famílias quanto de educadores. A leitura jornalística apresenta-se como um suporte a essa tarefa e um recurso fundamental para o desenvolvimento da educação midiática, seja na escola ou fora dela, o que promove a integração do jovem como cidadão ativo da comunidade onde vive.
Além de possibilitar o contato do jovem leitor com realidades diferentes da sua, o conteúdo jornalístico infantojuvenil do Joca possibilita também o estabelecimento de diálogos a partir de pautas que podem ser encaradas como “sensíveis”. O debate sobre um acontecimento que foi reportado no jornal possibilita a famílias e educadores explorar assuntos com crianças e adolescentes que não apareceriam naturalmente. Abre-se, portanto, um espaço para a escuta.
Foi com esse propósito que nasceu no Brasil, há 10 anos, o Joca, primeiro jornal destinado especialmente ao público infantojuvenil. Com linguagem e conteúdo apurados para a faixa etária, o Joca é um importante aliado na construção do pensamento crítico dos mais jovens.
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