O Relógio do Apocalipse, ou Doomsday, criado em 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicago (BPA, em inglês), nos Estados Unidos, é um aparelho simbólico que tem como objetivo alertar os governos e toda população sobre os perigos que atingem a Terra. Ele serve para mostrar o quão perto o planeta está de
O Relógio do Apocalipse, ou Doomsday, criado em 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicago (BPA, em inglês), nos Estados Unidos, é um aparelho simbólico que tem como objetivo alertar os governos e toda população sobre os perigos que atingem a Terra.
Ele serve para mostrar o quão perto o planeta está de ser destruído.
Recentemente, o grupo de cientistas divulgou o relógio simbólico marcando dois minutos e meio para a meia-noite, sendo que meia-noite é o horário que os cientistas estipularam para o fim do mundo. Assim, cada vez que o relógio é adiantado, significa que o mundo está mais perto do fim.
Apenas em 1953, o relógio esteve mais adiantado do que agora, marcando dois minutos para a meia-noite. Na época, os Estados Unidos e União Soviética começavam a testar as bombas nucleares em diversas áreas remotas do globo.
Desde que foi criado os ponteiros foram ajustados 22 vezes e a última vez que isso ocorreu foi em janeiro deste ano. Na ocasião, o relógio foi adiantado em meio minuto após a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
Atualmente, os responsáveis pelo relógio se preocupam com o risco nuclear, mas também têm medo das consequências das mudanças climáticas e dos avanços tecnológicos, como a inteligência artificial e a biologia sintética, que é a manipulação no código genético de organismos vivos.
Para Rachel Bronson, diretora-executiva e editora do boletim, o ajuste do relógio em janeiro deu-se devido à falta de consideração dos governos a respeito dessas questões, que são mundiais.
História do relógio
O relógio foi criado em 1947 e simbolizava a preocupação dos cientistas com o risco de uma guerra nuclear durante a Guerra Fria*.
*Guerra Fria é o nome do período após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando Estados Unidos (EUA) – capitalista – e União Soviética (URSS) – socialista – não concordavam com diversas questões. A expressão “guerra fria” surgiu porque as duas potências não se enfrentaram em conflitos armados, mas ambas tinham a bomba atômica. Portanto, se uma guerra começasse de fato, haveria a destruição total do inimigo e de, talvez, boa parte do planeta.
“Esse relógio é um símbolo que representa o quanto estamos perto ou longe de uma catástrofe global. Queremos mostrar com isso que estamos próximos de destruir a vida na Terra”, explica Rachel.
O relógio foi ajustado para sua melhor marca desde que foi criado quando foi firmado o acordo entre Estados Unidos e Russia para reduzir as armas em 1991. Na ocasião, o relógio apontou 17 minutos para a meia-noite.
O relógio não mede a passagem do tempo e não é um objeto. Criado pelos cientistas, é um símbolo que sofre ajustes nos ponteiros de acordo com as decisões do conselho de ciência e segurança do BPA. Os integrantes se reúnem duas vezes por ano para determinar o quanto falta para a meia-noite.
Para Rachel, “o importante é a tendência. Isso me preocupa muito. Estamos chegando mais perto ou nos afastando da meia-noite? Acreditamos que não está tão perigoso quanto em 1953, mas estamos caminhando para isso”.
VEJA OUTRAS DATAS EM QUE O RELÓGIO FOI AJUSTADO
Bomba nuclear
Hoje, se uma guerra começar e uma bomba nuclear explodir, o mundo inteiro sofrerá consequências. Essas bombas são armas com alto poder de destruição e podem chegar a destruir uma cidade, arrasando construções e matando milhares de pessoas. Elas liberam, ao explodir, uma enorme quantidade de radiação e calor.
Bombas nucleares foram usadas apenas duas vezes na história. No final da Segunda Guerra Mundial (1945), os Estados Unidos jogaram bombas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Aproximadamente duzentas mil pessoas morreram. Milhares de pessoas, em função da radiação liberada pelas bombas, desenvolveram doenças graves e vários tipos de câncer. Muitas dessas doenças foram transmitidas, de forma hereditária, para os descendentes dos atingidos.
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