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NOVA SEÇÃO!
Em tempos de informações rápidas e (muita) desinformação, o jornal Joca estreia a “Hora do debate”, uma seção que convida você a entender os dois lados e refletir com mais profundidade sobre temas que movimentam a sociedade e são debatidos pelos cidadãos. Vamos apresentar argumentos de diferentes perspectivas. A ideia não é apontar um vencedor, e sim oferecer pontos de vista para você ponderar e formar a própria opinião. Depois, você ainda pode votar no nosso site!
Ferramentas de inteligência artificial (IA) são capazes de criar livros, imagens, canções e até bandas de música. Isso vem transformando o modo como a arte é produzida e consumida, gerando debate sobre quando uma obra pode ser considerada original e o que entendemos por criatividade. Entre experimentos inovadores que contribuem para o mundo artístico e disputas jurídicas milionárias por autorias de obras, formam-se dois principais grupos: os que reconhecem a arte produzida por IA como original e válida e, por isso, uma boa ideia, e os que acham que a IA apenas copia o que já existe.
Já era assim: Toda criação ou ideia surge a partir da mistura de experiências ou referências que já existem. Portanto, uma produção feita com IA não é diferente de tantas outras.
Resultado novo: a IA não utiliza trechos de produções existentes para gerar uma nova. Tudo que é feito por ela é baseado nos dados que a alimentaram, mas completamente reorganizados. O resultado pode ser considerado, assim, inédito.
Só uma ferramenta: o autor do livro Cr(IA)ção – Criatividade e Inteligência Artificial, Renato Gonçalves, diz que “a IA é como qualquer outra ferramenta, não deve ser superestimada ou subestimada, tudo depende do artista por trás dela”.
Humano no controle: mesmo com IA, a escolha dos comandos, os ajustes a e curadoria dos resultados dependem de decisões criativas humanas, garantindo autoria e originalidade.
Sem inspiração: para produzir qualquer conteúdo, a IA precisou se alimentar de dados coletados de outros autores. É muito provável que aconteça violação de direitos autorais e a ação certamente coloca em dúvida a criatividade do artista.
Sem humano não há arte: a IA não vivencia emoções, contextos culturais ou experiências pessoais, limitando-se a reproduzir e mesclar conteúdos já existentes, direta ou indiretamente.
Sem legislação: por ser uma tecnologia recente, ainda não há uma lei capaz de garantir os direitos autorais ou definir quem é o verdadeiro autor das obras geradas por IA.
Sem rastros: sem transparência total sobre as obras usadas no treinamento da IA, não é possível verificar se o resultado contém trechos, estilos ou estruturas copiadas de outras pessoas.
Fontes: BBC, Folha de S. Paulo, G1 e Exame.
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