Crédito de imagem: Getty Images

No dia 28 de julho, a Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) divulgou um relatório mostrando que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome. O estudo mede o acesso da população à alimentação suficiente para uma vida saudável.

Segundo o documento, a prevalência de subnutrição no Brasil ficou abaixo de 2,5%. Isso significa que 2,5% da população brasileira está subnutrida. Na América Latina, a taxa é de 5,1%. Se contar todo o mundo, o número fica ainda pior, com a média de 8,2%. 

O Brasil já tinha saído do Mapa da Fome em 2014. Porém, em 2021, após a pandemia de covid-19, o país voltou a figurar entre as nações com muitas pessoas sem acesso à alimentação de qualidade. 

De acordo com entrevista de Maria Siqueira, codiretora executiva do instituto Pacto Contra a Fome, ao Estadão, ações como a retomada de políticas sociais e o aumento do salário mínimo foram essenciais para o Brasil alcançar a meta. “Esse é o resultado de políticas públicas continuadas e do compromisso de organizações da sociedade civil e de empresas que se sensibilizaram sobre o direito à alimentação digna”, ela disse.

Mesmo com a boa notícia da saída do país do mapa, é preciso dar atenção às desigualdades. Dentro do Brasil, populações que vivem em regiões vulneráveis têm mais risco de passar fome. “É uma excelente notícia, mas a gente precisa levar em consideração a realidade amazônica, que é desafiadora, embora cheia de oportunidades”, afirmou Valcléia Lima, superintendente de desenvolvimento sustentável de comunidades da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em entrevista ao Joca. “É também uma oportunidade de levar a questão nutricional para dentro das comunidades. Temos uma grande variedade de produtos na floresta, mas ainda não sabemos como compor, do ponto de vista nutricional, uma alimentação equilibrada a partir deles”, completou. 

O que é o Mapa da Fome

Criado em 2003, pela FAO, o estudo monitora a situação da segurança alimentar global e identifica países que enfrentam desafios nessa área. Entre os que ainda fazem parte do mapa, estão a Etiópia e o Sudão do Sul. Você pode ler o relatório completo (em inglês) no QR code. 

Como a análise é feita? 

Para entender se uma nação está dentro ou fora do Mapa da Fome, é realizado um cálculo a partir de três pilares:

1. A quantidade de alimentos disponíveis no país.
2. O consumo de alimentos pela população, considerando as distinções nas faixas de renda.
3. A quantidade de calorias que um ser humano precisa consumir diariamente para permanecer saudável. 

Fontes: FAO, ONU, BBC, Estadão e Folha de S.Paulo.

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