Pela primeira vez em 14 anos, os catalães, que historicamente reivindicam a independência da Espanha, terão um governo não separatista. No dia 12 de agosto, o novo gabinete do governo regional da Catalunha, composto por 16 parlamentares, assumiu o poder. O grupo é liderado pelo presidente regional Salvador Illa, do Partido Socialista, o mesmo do governo espanhol.

A Catalunha, cuja capital é Barcelona, possui os próprios parlamentares e presidente, mas estes são subordinados ao governo da Espanha. A eleição para o parlamento da comunidade espanhola foi em maio, e o Partido Socialista conseguiu o maior número de cadeiras, elegendo 42 deputados entre as 135 vagas disponíveis. No entanto, foi preciso fazer acordos para garantir o apoio da maioria (68 cadeiras). Illa, que é ex-ministro da Saúde da Espanha, foi escolhido pelo parlamento como presidente.

A Catalunha é uma das 17 comunidades autônomas da Espanha. Os habitantes de cada uma delas têm um forte senso de unidade, já que as regiões têm características culturais, históricas e econômicas específicas.

A comunidade catalã tem 7,5 milhões de habitantes e é responsável por um quinto de toda a riqueza da Espanha. A região lida com um movimento significativo de pessoas que lutam para que ela se torne um país independente. Em 2017, houve um plebiscito para questionar se os catalães eram a favor da independência — 90% deles votaram que sim. Essa ação, entretanto, foi considerada ilegal pela Justiça espanhola.

Glossário

PLEBISCITO: consulta popular, por meio de votação, sobre questões específicas.

FONTES: UOL, FOLHA DE S.PAULO E EURONEWS.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 228 do jornal Joca.

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