Os casos de febre do Oropouche estão crescendo no Brasil. Segundo a última atualização do Ministério da Saúde antes do fechamento desta edição do Joca, 7.497 casos da doença haviam sido registrados em 23 estados brasileiros só em 2024. O número é cerca de nove vezes maior do que o do ano passado. De acordo com uma pesquisa da Universidade de São Paulo, a quantidade de casos no país em 2024 aumentou em torno de 200 vezes quando comparada com a de dez anos atrás.

A situação está alarmando as autoridades de saúde, já que o Brasil registrou pela primeira vez três mortes pela doença. Antes disso, ainda não havia no mundo registro de óbito por febre do Oropouche. Esse cenário fez com que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitisse, no dia 3 de agosto, um alerta de risco alto para a doença, destacando que o estado do Amazonas concentra a maior parte dos casos.

Para os especialistas, o crescimento dos casos no Brasil e em outros países da América do Sul pode ser explicado por uma nova variante do vírus, que consegue se replicar dez vezes mais do que a variante original.

Entenda a doença 

A febre do Oropouche foi identificada no Brasil pela primeira vez em 1960. A transmissão acontece principalmente por meio da picada do mosquito-pólvora, ou maruim, contaminado com o vírus oropouche. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça e muscular, o que muitas vezes faz com que a doença seja confundida com a dengue. Ainda não há um tratamento específico para a febre do Oropouche, somente para os sintomas. É importante procurar um médico caso algum desses sinais apareçam.

FONTES: PODER360, METRÓPOLES, MINISTÉRIO DA SAÚDE, O GLOBO E AGÊNCIA BRASIL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 228 do jornal Joca.

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