governo de Bangladesh
Yunus discursa ao chegar a Bangladesh. Crédito de imagem: Getty Images/reprodução

Em 8 de agosto, Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006, assumiu o governo de Bangladesh após a ex-primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, ter renunciado ao cargo, no dia 5. O economista de 84 anos declarou que, primeiramente, é preciso restaurar a ordem no país, que enfrenta uma forte onda de protestos que já deixou mais de 400 mortos. 

A primeira-ministra (premiê ou primeiro-ministro é o chefe de um governo parlamentarista) Sheikh Hasina, renunciou após 15 anos de governo. As informações foram dadas pelas forças armadas de Bangladesh. Além disso, a ex-líder deixou a nação.

Dentre os pedidos das manifestações, lideradas pelo movimento estudantil, estava a renúncia de Hasina. Além disso, o anúncio de cotas para que um terço dos empregos governamentais fossem dados a parentes de ex-militares que lutaram na Guerra de Independência do país fomentou os protestos, que já estão entre os maiores da história de Bangladesh. Agora, já há outras reivindicações mais gerais acerca do governo; o movimento estudantil também não reconhecia a última reeleição de Hasina como um processo legítimo e, assim, a escolha de Yunus como governante foi uma das exigências dos manifestantes.

Yunus venceu o Nobel pelo trabalho que desenvolveu que tirou milhões de pessoas da pobreza a partir de um programa de créditos para a população. Assumindo o posto de líder interino, um dos desafios que ele enfrentará será conter a crise gerada pela resposta dos militares aos protestos, que ocasionou muitas vítimas. 

Embora Yunus assuma o governo interino (temporário) da nação, ocupando o lugar de Hasina, vale ressaltar que o presidente de Bangladesh é Mohammad Shahabuddin — em um regime parlamentarista, há o chefe de governo (primeiro-ministro) e o chefe de Estado (rei ou presidente). 

Glossário

Guerra da Independência de Bangladesh: durou de 26 março até 16 de dezembro de 1971 e trouxe a independência do país, que até então pertencia ao Paquistão.

Fontes:  G1, G1, BBC, G1 e CNN.

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