No dia 9 de maio, uma greve geral de 24 horas paralisou a Argentina em protesto contra um pacote de medidas que pretende mudar algumas leis do país, conhecido como “Lei Ônibus”. A greve afetou principalmente os transportes, com serviços de trens e metrô reduzidos, frotas de ônibus diminuídas e quase 400 voos cancelados. Aulas em escolas e universidades foram suspensas e os serviços médicos funcionaram com capacidade mínima. Já as farmácias permaneceram abertas, assim como a maioria do comércio local (lojas, restaurantes etc.).

LEI ÔNIBUS 

A proposta declara emergência pública, administrativa, econômica, financeira e energética na Argentina, o que daria ao presidente autoridade para governar essas áreas (algo que normalmente não acontecia no país). As reformas também sugerem mudanças no sistema de pagamento de impostos e permitem que empresas que pertencem ao governo sejam privatizadas (ou seja, compradas por investidores).

QUEM É A FAVOR 

O argumento usado por quem é a favor da lei é de que essas medidas são uma resposta necessária à crise econômica que a Argentina vem enfrentando nos últimos anos e que podem trazer resultados positivos à economia.

QUEM É CONTRA 

As pessoas que criticam as medidas defendem que os principais prejudicados pelo pacote seriam os mais pobres e que as mudanças cortariam recursos de setores importantes para a população local, como educação.

PRÓXIMOS PASSOS 

A lei já foi aprovada pela Câmara dos Deputados da Argentina, com 142 votos contra 106. Agora, precisa receber o aval dos senadores e ser assinada pelo presidente. 

Essa é a segunda vez que ocorre uma manifestação contra a Lei Ônibus. A primeira mobilização foi em 23 de janeiro, quando o pacote foi apresentado. À época, como não estava recebendo o apoio necessário dos senadores, o presidente Javier Milei decidiu retirar a proposta e apresentar uma nova versão.

FONTES: CNN BRASIL, O GLOBO, FOLHA DE S.PAULO E PODER360.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 224 do jornal Joca.

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