A vacina contra a dengue é uma boa notícia, mas ainda é preciso se prevenir contra a doença. Confira o que fazer e saiba mais sobre o mosquito transmissor
TRANSMISSÃO
A dengue é transmitida, principalmente, pelo mosquito Aedes aegypti. Só as fêmeas picam (momento em que transmitem a doença), pois precisam do sangue humano para ter energia e botar ovos. Existem outras formas de transmissão, como por transfusão de sangue de uma pessoa infectada ou de uma grávida para o filho. Esses casos, porém, são raros.
SINTOMAS
Quem desenvolve a doença pode ter febre alta, dores e até manchas vermelhas no corpo. Falta de apetite e dor atrás dos olhos também estão entre os sintomas.
PRIMEIRA EPIDEMIA
A No início do século 19, aconteceu a primeira epidemia registrada de dengue no continente americano. Ela começou no Peru e se espalhou para países como Colômbia, Venezuela e Brasil. Contudo, por anos, a maior preocupação do governo era com outra doença que pode ser transmitida pelo mesmo inseto: a febre amarela. Em 1955, diversos esforços públicos foram realizados para conter o vírus.
PREVENÇÃO
A vida do mosquito tem quatro etapas: ovo, larva, pupa e forma adulta. Toda essa evolução, de ovo até adulto, leva em torno de dez dias. A fêmea consegue colocar até 450 ovos durante a vida e prefere fazer isso em água limpa parada. Por isso é tão importante não deixar objetos que acumulam água (como garrafas destampadas e pneus) em locais abertos — eles podem se tornar pontos ideais para a reprodução do inseto.
Como é o Aedes aegypti
O Aedes aegypti não é originário do Brasil, ele surgiu no Egito (aegypti significa egípcio em latim). Pesquisadores acreditam que o inseto foi trazido para cá por acidente, quando alguns mosquitos entraram em navios que carregavam homens escravizados de países africanos para a América.
MANCHAS: a maneira mais fácil de reconhecer o Aedes aegypti é reparar em suas manchas brancas. Pouca gente sabe que, na verdade, são escamas.
ASAS: são translúcidas (ou seja, difíceis de enxergar) e muito rápidas. Durante o voo, as fêmeas chegam a bater as asas 400 vezes por segundo, enquanto os machos conseguem bater 600 vezes.
SALIVA: na picada, o mosquito injeta um anestésico — quase não se sente dor e coceira com a picada do Aedes aegypti.
PROBÓSCIDE: é como se chama a tromba que contém a boca do bicho. A fêmea a usa para furar a pele em busca de sangue.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 201 do jornal Joca.
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