País anunciou que vai reformular sua Constituição
Marlene Malahoo Forte, ministra de Assuntos Constitucionais da Jamaica, deu oficialmente início a uma reforma constitucional no país, em 9 de junho. Isso significa que, após 60 anos, a Jamaica poderá romper com a monarquia britânica, ou seja, tornar-se uma república e não ter mais Elizabeth II, do Reino Unido, como rainha.
Um comitê será montado para reformular a Constituição (conjunto de leis de um país) da Jamaica, estabelecida em 1962. O fim do processo está previsto para 2025. Segundo a ministra, para que haja o rompimento com a monarquia britânica, é preciso ter a maioria dos votos do congresso jamaicano (em que trabalham parlamentares, ou seja, políticos que representam a população). Além disso, os cidadãos serão convocados para participar da decisão.
De acordo com Malahoo, “o objetivo é (…) produzir uma nova Constituição (…) para estabelecer a República da Jamaica (…) substituindo a monarquia constitucional e afirmando nossa autodeterminação e herança cultural”. O mesmo aconteceu com Barbados, que se desligou dos britânicos em 2021 para deixar o passado colonial para trás.
História jamaicana
A Jamaica começou a ser colonizada pelo Reino Unido em 1655 e ficou sob o domínio britânico até 1962, quando conquistou a independência. A nação, no entanto, permaneceu tendo Elizabeth II como chefe de Estado e se tornou parte da Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações).
Além da Jamaica, outros 13 países da Commonwealth têm laços com a monarquia britânica: Canadá, Bahamas, Belize, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis, Antígua e Barbuda, Santa Lúcia, Granada, Ilhas Salomão, Tuvalu, Papua-Nova Guiné, Austrália e Nova Zelândia.
Glossário
Commonwealth: associação formada por 54 países, incluindo o Reino Unido. Embora qualquer nação possa fazer parte, quase todas já foram governadas pela monarquia britânica. Hoje, a maior parte é independente, mas 14 delas ainda têm Elizabeth II como chefe de Estado.
Fontes: BBC, Commonwealth, O Globo e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 190 do jornal Joca.
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