Milhares de tartarugas marinhas apareceram na areia de praias do Texas por causa da onda de frio que atinge esse estado e outros, nos Estados Unidos. Moradores da região levaram 4.700 animais para banheiras localizadas em um centro de convenções. As tartarugas devem ficar por lá até que a água do mar esteja com uma temperatura mais alta, para que seja seguro soltá-las.

Dallas, cidade do Texas, atingiu a temperatura mínima de -16°C no dia 15 de fevereiro, a mais fria que o local já registrou desde 1989, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Temperaturas próximas a 15,6°C são mais comuns nesta época do ano.

A falta de energia e água no estado, também consequência do frio, torna as coisas ainda mais difíceis por lá. A situação deixou milhões de pessoas sem aquecimento em casa. As usinas de gás natural e carvão, de onde vem a maior parte da energia do Texas, precisam de água para funcionar, mas as instalações de água congelaram com o frio.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de emergência no Texas, autorizando investimentos federais no combate à onda de frio e suas consequências no estado. Segundo autoridades, o fornecimento de eletricidade já foi restabelecido, mas o de água ainda enfrenta dificuldades.

Onda de frio
As nevascas atingem uma área que vai do sul dos Estados Unidos, no Texas, até o norte do país, no estado de Ohio. Cerca de 70% do território norte-americano estava coberto de neve no dia 16 de fevereiro, a maior extensão já registrada desde 2003, quando o dado começou a ser acompanhado, segundo a OMM.

O motivo para o frio extremo seria uma rajada de ar gélido do Ártico, que normalmente fica circulando no Polo Norte, mas que, dessa vez, desceu do Canadá em direção ao Texas.

Em Nova York, a baixa temperatura congelou as quedas d’água do Parque Estadual das Cataratas do Niágara. O evento paralisou a paisagem, normalmente dominada pelo movimento das águas. Em meio ao gelo, turistas puderam presenciar também um arco-íris.

Correspondente internacional
“Morei no Texas quase a minha vida toda e nunca vi tanto frio. Acordei e meu quintal estava coberto de neve. Nossa energia, única fonte de calor, começou a falhar e, por volta do meio-dia, acabou de vez. Minha família acendeu as lareiras, e ficamos debaixo do cobertor, bem próximos uns
dos outros. Como o tempo continua muito instável, tenho curiosidade de ver quantos eventos extremos a crise climática global ainda nos obrigará a enfrentar.” Zoya H., 16 anos, Dallas, Texas (EUA)

Fontes: BBC, CNN Brasil, G1 e USA Today.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 165 do jornal Joca.

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