O ano de 2021 promete muitos fenômenos celestes inesquecíveis. Confira alguns dos eventos que poderão ser observados e saiba como acompanhá-los. Conjunção de Vênus e Júpiter – 11 de fevereiro

Conjunção é o nome dado para um fenômeno no qual dois ou mais astros chegam a pontos muito próximos uns dos outros, dando a impressão de que estão se cruzando no céu. Em fevereiro, essa aproximação acontecerá entre os planetas Vênus e Júpiter. O fenômeno poderá ser visto de forma mais clara no hemisfério sul, o que significa que pessoas que estiverem no Brasil terão mais chances de ver a conjunção do quem estiver nos Estados Unidos, por exemplo. Para ver os planetas, recomenda-se que a pessoa observe o céu pela manhã, antes que amanheça – a luz do dia pode ofuscar a visão e fazer com que fique mais difícil enxergar os corpos celestes. Dicas: – Será possível observar o fenômeno a olho nu, ou seja, sem usar nenhum equipamento. Mas, se você tiver um binóculo ou telescópio, não esqueça de usá-lo, assim, poderá ver a conjunção com ainda mais nitidez. – Vênus é um corpo celeste mais brilhante do que Júpiter. Lembre-se disso para conseguir distinguir os dois planetas. – Os planetas ficarão bem próximos à linha do horizonte. Por isso, na hora do fenômeno, procure estar em um local que não tenha muitos prédios ou montanhas que possam dificultar a visão. Superluas – 28 de março, 27 de abril, 26 de maio e 24 de junho

Teremos quatro superluas em 2021. Superlua é o nome popular de um fenômeno no qual a Lua, na fase cheia, atinge a posição mais próxima da Terra. Com isso, o corpo celeste fica maior e mais brilhante do que as outras luas cheias do ano. Em 2021, a maior superlua de todas acontecerá no dia 26 de maio. Mas isso não significa que as outras também não sejam fenômenos marcantes. Dica: – A linha do horizonte é o melhor ponto para observar uma superlua. Por isso, nos dias em que esse fenômeno ocorrer, procure estar em um lugar com poucos “obstáculos” que possam prejudicar a visão, como prédios e árvores. Eclipse lunar total de lua de sangue – 26 de maio

No mesmo dia da maior superlua do ano, ocorrerá o eclipse lunar total de lua de sangue. Para entender no que consiste esse fenômeno, primeiro precisamos saber o que é um “eclipse lunar”. O eclipse lunar acontece quando o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados, o que faz com que a sombra do nosso planeta cubra a Lua de forma parcial ou total. No caso do dia 26 de maio, haverá um eclipse lunar total, o que significa que a sombra da Terra cobrirá a Lua completamente. Quando isso acontece, a Lua pode ser vista com uma cor avermelhada – por isso o nome lua de sangue. Agora, vamos entender por que a Lua fica com essa cor. Como vimos, em um eclipse, a Lua fica posicionada na sombra da Terra. Quando o planeta bloqueia a luz solar, a atmosfera da Terra promove um desvio de direção da luz solar antes de ela ser refletida da superfície da Lua. Esse processo faz com que o satélite fique com uma coloração avermelhada. Dicas: – O eclipse lunar total deve durar, aproximadamente, 15 minutos. Portanto, fique atento para não perder! – É possível ver o fenômeno a olho nu. Eclipse solar com “anel de fogo” – 10 de junho

Neste fenômeno, é possível observar uma espécie de anel de fogo no céu (veja na imagem). Para que isso aconteça, Terra, Lua e Sol precisam estar alinhados e a Lua não deve conseguir cobrir o Sol inteiramente, fazendo com que um anel de luz se forme ao redor dela – o que lembra um anel de fogo, daí o nome. Neste ano, só será possível observar o fenômeno em partes do hemisfério norte. Se você estiver no Brasil na data, poderá acompanhar o evento por sites especializados, que farão a transmissão ao vivo do céu dos locais em que o eclipse estiver visível. Outra opção é esperar até janeiro de 2028, quando ocorrerá um eclipse solar com anel de fogo que poderá ser observado do Brasil. Dicas: – Na data, entre no site do Joca para saber em que sites você pode acompanhar o fenômeno. – Caso você esteja em um local onde seja possível ver o eclipse e queira observar o fenômeno, não se esqueça de usar óculos com filtros especiais. Olhar diretamente para o Sol pode ser prejudicial para os olhos. Picos de chuvas de meteoro Perseidas – 12 e 13 de agosto

Para compreender este fenômeno, primeiro precisamos entender o que são estrelas cadentes, aquelas luzes que parecem atravessar o céu noturno. Tecnicamente, estrelas cadentes são pedaços de asteroides ou cometas que, ao entrar na atmosfera do nosso planeta, passam a ser chamados de meteoros. Esses corpos celestes, em contato com a atmosfera, entram em combustão e formam um rastro de luz, que é o que nós costumamos denominar de estrela cadente. Sabendo disso, vamos falar agora sobre as chuvas de meteoro. Esse fenômeno ocorre quando a Terra atravessa uma nuvem de fragmentos deixados por um cometa. Quando isso acontece, temos uma chuva de meteoros, popularmente conhecida como chuva de estrelas cadentes. Em média, podemos ver até 60 estrelas cadentes por hora quando esse fenômeno ocorre. No caso da chuva que haverá em agosto, ela é formada pelos pedaços do cometa Swift-Tuttle e dará a impressão de que vem da direção da constelação de Perseu – por isso o fenômeno é chamado de Perseidas, que é uma variação de Perseu. Dicas: – A chuva será mais bem observada do hemisfério norte. Porém, você pode tentar vê-la aqui do Brasil. Especialistas recomendam que os observadores brasileiros fiquem atentos ao céu durante a madrugada, antes de começar a clarear. Além disso, vale procurar um lugar de observação que não seja muito iluminado e que não tenha muitos obstáculos na frente. – Como as estrelas cadentes são muito rápidas, o ideal é observá-las a olho nu – binóculos e telescópios podem não ajudar muito, neste caso. – Não se preocupe com os meteoros! Eles não oferecem perigo. Eclipse lunar parcial – 19 de novembro

Será o último eclipse lunar do ano. Por se tratar de um eclipse parcial (e não total, como o de 26 de maio), a sombra da Terra cobrirá parte da Lua – e não o satélite completo. Mesmo assim, cientistas acreditam que, no dia 19 de novembro, até 95% da Terra fique coberta pela sombra da Lua, o que resultará em uma experiência bonita de se ver. Dicas: – É possível ver o fenômeno a olho nu. – O eclipse só poderá ser observado em algumas regiões da Rússia, da América do Norte, Central e do Sul. Embora não seja possível ver o fenômeno do Brasil, você pode acompanhar a transmissão por sites especializados. Em novembro, fique ligado no site do Joca para saber onde assistir ao fenômeno.

Fontes: National Geographic, Washington Post, BBC, Earth Sky, G1 e Galileu.