Cerca de 10 mil pessoas participaram de manifestação em Bangcoc, em 16 de agosto
Neste ano, milhares de estudantes de Bangcoc, capital da Tailândia, têm saído às ruas com frequência para protestar contra o governo. Em 16 de agosto, 10 mil pessoas de todas as idades se manifestaram. Entre os pedidos estão uma reforma da monarquia, o fim da influência do Exército sobre o governo, uma nova Constituição (conjunto de leis de um país) e novas eleições.
O primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-o-cha, é um ex-comandante do Exército que assumiu o poder em 2014, com as Forças Armadas, em um golpe militar (saiba mais abaixo). Os manifestantes o acusam de manipular as eleições de 2019 para manter os militares no comando. Ele nega as acusações.
História
Em 1932, foi decretado o fim da monarquia absolutista (quando o rei tem todos os poderes) na Tailândia. Teve início, então, a monarquia constitucional (quando o monarca divide o poder com o primeiro-ministro). Desde então, o país sofreu 13 golpes — em que um governo substitui o outro sem que tenha sido escolhido pelos eleitores
O rei Maha Vajiralongkorn ocupa o trono desde 2016, após a morte do pai. Os manifestantes o criticam por ampliar seu poder por meio de alterações em leis.
Correspondente internacional
“Não participei dos protestos para não colocar minha saúde mental nem a minha vida em risco. Sou menor de idade e, mesmo assim, posso ser preso por criticar o governo. Os protestos dão mais poder aos tailandeses. Somos ensinados a ser conservadores e guardar as coisas para nós mesmos, e os protestos estão mudando isso”, Yannaphat S., 13 anos, Khon Kaen, Tailândia
Fontes: CNN, Folha de S.Paulo, G1, O Globo, O Tempo e Reuters.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 155 do jornal Joca.
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muito interessante
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