Em meio ao crescimento de casos de covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde liberou, no dia 23 de março, a telemedicina, técnica que permite o atendimento médico a distância. Consultas, monitoramento de saúde e diagnóstico de doenças poderão ser feitos dessa forma. Está permitida também a emissão eletrônica de atestados e receitas médicas, além da determinação de isolamento em casa. As medidas valem para as redes pública e particular de saúde.

O objetivo é reduzir a circulação de pessoas e sua exposição ao novo coronavírus, além de diminuir o risco de superlotação dos serviços de saúde. “No cenário da pandemia, toda gama de doenças que vínhamos cuidando ainda existe. O coronavírus é mais uma, mas descompensa a balança pelo grande número de casos”, explica Chao Lung Wen, médico e professor de telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Até agora, a telemedicina era vetada no país. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a liberação vale apenas “enquanto durar a batalha de combate ao contágio da covid-19”.

O médico e professor Wen defende que a prática seja mantida mesmo após o fim da pandemia. “A telemedicina cria uma nova dinâmica de cuidados com as pessoas idosas, por exemplo, que não deveriam ter que se deslocar e esperar atendimento em hospitais lotados.”

Um único ponto de atenção, segundo o especialista, é a falta de especialização. Para Wen, os médicos devem fazer um curso rápido a distância para não cometer erros como fazer atendimento por WhatsApp ou Facebook. Nesses aplicativos, as mensagens podem ser compartilhadas com outras pessoas, o que vai contra o sigilo médico (segredo das informações trocadas entre paciente e médico).

Telemedicina
#pracegover: profissional de saúde segura um tablet nas mãos. No eletrônico, é possível ver o raio-X do tórax. Crédito de imagem: Getty Images.

Ferramentas destinadas exclusivamente para a telemedicina devem ser usadas para garantir a segurança dos pacientes, segundo o especialista. O Ministério da Saúde declarou que novas tecnologias estão sendo desenvolvidas com esse objetivo, mas ainda não há prazo para que fiquem prontas.

Fontes: Estadão, Folha de S.Paulo e O Globo.


Esta matéria foi originalmente publicada na edição 146 do jornal
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Comentários (1)

  • Júlia Vitória de Sousa Silva

    3 anos atrás

    Li tudo e gostei do q eu descobri

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