Um estudo da ONG WWF afirma que a melhor maneira de proteger animais e plantas contra a extinção é manter a temperatura global média o mais baixo possível.
O aquecimento global está colocando em risco 48% das espécies de ecossistemas segundo um relatório divulgado nessa quarta-feira, 14, pela ONG WWF.
Chamado de “Vida selvagem em um mundo cada vez mais quente”, o estudo está relacionado ao aumento de temperatura no planeta e afirma que a melhor maneira de proteger os animais contra a extinção é manter a temperatura global média o mais baixo possível.
Os compromissos do Acordo de Paris, assinado por diversos países e que contou recentemente com a saída dos Estados Unidos, pedem a redução do nível esperado de aquecimento global de 4,5 °C para cerca de 3 °C, o que reduziria os impactos sobre as espécies. Porém, há melhorias ainda maiores a 2 °C – e é provável que o limite de aumento da temperatura em 1,5 °C proteja mais animais selvagens.
O estudo da WWF analisou 35 áreas consideradas como prioritárias, levando em conta ecossistemas com biodiversidade ameaçada e insubstituível. A ONG também considerou áreas cuja preservação do ambiente e das temperaturas não alteraria o ecossistema existente nelas.
Entre plantas, aves, mamíferos, répteis e anfíbios, houve simulação da probabilidade de sobrevivência de mais de 80 mil espécies em uma realidade climática diferente. E os resultados constataram que a situação é muito preocupante.
A Floresta do Miombo, localizada na África do Sul, o sudoeste da Austrália e as Guianas da Amazônia são as áreas mais afetadas se houver um aumento médio global de temperatura de 4,5 °C. Com a alteração, os climas deverão ficar inadequados para muitas espécies da fauna e da flora que vivem ali.
Na África do Sul, até 90% dos anfíbios, 86% das aves e 80% dos mamíferos poderiam ser extintos. Na Amazônia, perderíamos 69% das espécies de plantas, muitas essenciais para o ramo farmacêutico.
Na Austrália, 89% dos anfíbios podem ser extintos e 60% de todas as espécies estarão em risco na região de Madagascar. A região da Cidade do Cabo, que vem sofrendo com a escassez de água, pode ver um terço de suas espécies serem extintas.
Hora do Planeta
Para alertar o mundo sobre os riscos das mudanças climáticas, a ONG WWF pede que a população mundial se una no dia 24 de março para a Hora do Planeta, um movimento idealizado para demonstrar o compromisso de cada indivíduo a fim de proteger a biodiversidade e construir um futuro sustentável para todos.
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