Se perdeu, não se preocupe: 22 de julho e 5 de agosto serão igualmente curtos
A Terra registrou em 9 de julho o dia mais curto do ano e o segundo mais curto da história. Mesmo sendo um fenômeno imperceptível, especialmente em meio a nossa rotina cada vez mais corrida, se você perdeu, não se preocupe: os dias 22 de julho e 5 de agosto serão igualmente curtos.
Os dias, como sabemos, têm 24 horas em consequência da rotação da Terra em torno do próprio eixo. Acontece que esse movimento não é totalmente preciso. A rotação e a translação do planeta são impactadas por diversos fatores, como gravidade, marés, distância entre os planetas e até posição de outros astros no sistema solar.
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Por isso, muitos dias têm milésimos de segundo a mais ou a menos, algo que só conseguimos detectar desde a invenção dos relógios atômicos, em 1960, e com a ajuda do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (Iers, na sigla em inglês). Foi assim que se descobriu que, no dia 9, houve uma redução de 1,44 milésimo de segundo em relação ao padrão de 24 horas, quase tão rápido quanto o dia mais curto já registrado, em 5 de julho de 2024, que teve 1,66 milésimo a menos.
O mais comum é que os dias tenham milésimos a mais, portanto, de tempos em tempos, os cientistas adicionam um segundo aos nossos relógios. Até hoje, já foram somados 27 desses “segundos bissextos”, que, assim como os anos bissextos, servem para compensar as pequenas variações e evitar que elas afetem nossa contagem do tempo.
A razão para o dia 9 ter passado mais rápido está ligada à distância da Terra em relação à Lua. Quanto mais distante a Lua está, menor sua influência gravitacional, o que permite que a Terra gire um pouco mais rapidamente sobre o próprio eixo. Cientistas não descartam a possibilidade de, se essa tendência de aceleração se mantiver, houver a necessidade de retirar um segundo da contagem oficial do tempo pela primeira vez na história.
Fontes: SuperInteressante e Terra.
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