Por ordem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a fronteira entre o país e o Brasil foi fechada no dia 22 de fevereiro. O mesmo aconteceu na fronteira entre Colômbia e Venezuela. No dia seguinte, policiais comandados por Maduro impediram a entrada de veículos carregados com toneladas de alimentos e remédios a partir dessas fronteiras.
Por ordem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a fronteira entre o país e o Brasil foi fechada no dia 22 de fevereiro. O mesmo aconteceu na fronteira entre Colômbia e Venezuela. No dia seguinte, policiais comandados por Maduro impediram a entrada de veículos carregados com toneladas de alimentos e remédios a partir dessas fronteiras.
Vindas do lado brasileiro, duas caminhonetes foram paradas e voltaram ao Brasil sem entregar os mantimentos. Dois caminhões saídos da Colômbia acabaram queimados. O governo venezuelano e seus opositores trocam acusações sobre o incidente.
Houve confrontos entre as tropas venezuelanas e manifestantes a favor do envio de ajuda humanitária. Segundo a oposição ao governo, cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
Protestos
Em Caracas, capital da Venezuela, uma manifestação reuniu milhares de apoiadores de Maduro em 23 de fevereiro. O evento aconteceu um dia depois de um festival de música em Cúcuta, na Colômbia, organizado pelo empresário britânico Richard Branson. Chamado Venezuela Aid Live, o evento buscava arrecadar dinheiro para levar ajuda humanitária à Venezuela e teve apresentação de artistas de língua espanhola, como a banda mexicana Maná.
Até o fechamento desta edição do Joca, no dia 25 de fevereiro, o Grupo de Lima, que reúne líderes de 14 países latino-americanos opositores a Maduro, entre eles o Brasil, estava em Bogotá, capital da Colômbia, para discutir a piora da crise na Venezuela. Os Estados Unidos também acompanham a reunião, em que devem ser propostas novas sanções contra o governo venezuelano. O evento terá ainda a presença do presidente interino (provisório) da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido dessa forma por cerca de 50 países.
Disputa
O envio de ajuda humanitária foi planejado por Guaidó e pelas nações que o apoiam, como Brasil, Estados Unidos, Chile e Colômbia. Os opositores culpam Maduro pelos problemas econômicos e sociais da Venezuela e defendem a urgência do envio de suprimentos à população.
Segundo Guaidó, 300 mil venezuelanos correm risco de morrer pela falta de produtos básicos. A crise teria feito com que 3,4 milhões de pessoas deixassem o país nos últimos dois anos, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Maduro aponta a ajuda humanitária como um pretexto para que os norte-americanos invadam a Venezuela e tomem o poder. O líder venezuelano afirma que, se os Estados Unidos quisessem mesmo ajudar, deveriam parar com as restrições econômicas que estariam prejudicando a economia e a população do país.
Fontes: Agência Brasil, Estadão, Folha de S.Paulo, Nexo Jornal e Valor.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 126 do jornal Joca.
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