Nunca tantos jovens residiram em áreas ameaçadas por conflitos e violência como agora. A informação é da organização de defesa dos direitos da criança no mundo Save the Children.

De acordo com o estudo da ONG, divulgado nesta quinta-feira, 15, mais de 357 milhões de crianças vivem em zonas de conflito. Esse número representa a proporção de uma em cada seis. O relatório também revelou um aumento de 75% em relação ao início dos anos 1990.

Síria, Afeganistão e Somália são os países onde a situação é mais grave para a população com menos de 18 anos de idade. “Estamos vendo um aumento chocante no número de crianças crescendo em áreas de conflito e sendo expostas às mais sérias formas de violência”, disse em comunicado Helle Thorning-Schmidt, diretora-executiva da ONG.

De acordo com a Save the Children, cada vez mais as crianças são expostas à práticas brutais, como ataques suicidas. “As crianças estão sofrendo coisas que nenhuma criança deveria sofrer. Suas casas, escolas e playgrounds estão se transformando em campos de batalha”, completou a diretora.

Além das crianças afetadas na Ásia e no Oriente Médio, a África também sofre com condições nada saudáveis. No continente, uma em cada cinco crianças são afetadas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2005 mais de 73 mil crianças foram mortas em 25 conflitos. E desde 2010, o número de casos aumentou quase 300%.

Além dos conflitos locais, as crianças também são afetadas por deslocamentos. Ainda de acordo com dados da ONU, mais de 65 milhões de pessoas no mundo não têm residência fixa.

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