Mesmo se o país decidir oficialmente desistir de entrar no grupo, isso não significa o fim do conflito
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou em uma reunião com militares, realizada em 15 de março, que seu país pode desistir de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aproximação da nação com o grupo é um dos principais pontos de discordâncias entre o governo da Rússia e o da Ucrânia e o maior responsável pela invasão russa – saiba mais clicando aqui.
A Otan é uma aliança política e militar composta por 30 países. O acordo feito entre eles diz que se um dos países-membros é atacado, os outros devem lhe dar apoio militar.
Zelensky defendeu que, apesar de o país querer fazer parte da Otan, é preciso reconhecer que, neste momento, isso não será possível:
A Ucrânia não é um membro da Otan. Entendemos isso. Durante anos, ouvimos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não podíamos aderir.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia
Caso a Ucrânia decida, oficialmente, desistir de integrar a Otan, isso não significará o fim do conflito. Isso porque a Rússia possui uma série de exigências para a paz: a desmilitarização da Ucrânia (o que faria com que a nação não pudesse receber armamentos de outro país, por exemplo); o reconhecimento da Crimeia como território russo (relembre o caso clicando aqui); e a independência de Luhansk e Donetsk, províncias separatistas que ficam na Ucrânia (saiba mais aqui).
A decisão de não entrar para a Otan, no entanto, vai contra a constituição (conjunto de leis de uma nação) ucraniana, que estabelece a adesão ao bloco como uma das metas do país.
Fontes: Folha de S.Paulo, G1 e O Globo.
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