O presidente Donald Trump reconheceu nesta quarta-feira, 6 de dezembro, Jerusalém como a capital de Israel. Em discurso na Casa Branca, o líder dos Estados Unidos afirmou que vai iniciar a transferência da embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.

Trump durante pronunciamento | Reprodução

Israel apoiou a mudança, e em vídeo divulgado após o pronunciamento de Trump, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a decisão é uma “corajosa resolução” e que se trata de um dia histórico.

A decisão, porém, provocou reações negativas em países aliados aos EUA no Oriente Médio. Para a Arábia Saudita, a resolução é uma “flagrante provocação aos muçulmanos de todo o mundo”.

O líder do Hamas, grupo de origem palestina, Ismail Haniya, afirmou que a decisão “não muda o status religioso, jurídico e administrativo” de Jerusalém.

De forma geral, líderes árabes e palestinos acreditam que a decisão do presidente dos Estados Unidos provocará prejuízos ao processo de paz na região.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu | Reprodução

A resolução de Trump foi reprovada também pelo papa Francisco, que pediu “sabedoria e prudência” para evitar conflitos entre israelenses e palestinos.

O enviado especial da Organização das Nações Unidos (ONU) ao Oriente Médio, Nickolay Mladenov, afirmou que o “futuro de Jerusalém deve ser negociado com Israel e os palestinos em negociações diretas”, disse em coletiva.

O motivo da tensão
Considerada sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos, Jerusalém é também motivo de tensão. Israel e Palestina reivindicam o território e a disputa já gerou inúmeros conflitos.

Jerusalém

Criado em 1948 pela ONU, Israel previa a divisão do então território da Palestina em dois Estados: um árabe e um judeu. No entanto, a Palestina não aceitou a resolução e os líderes judeus decretaram sua independência. Logo em seguida, os árabes decretaram a guerra árabe-israelense.

Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível, mas os palestinos dizem que parte da cidade, Jerusalém Oriental, será capital de seu futuro Estado.

Desde a criação do Estado de Israel, a comunidade internacional nunca reconheceu a soberania israelense justamente para tentar manter os diálogos de paz no Oriente Médio. As embaixadas dos países estão localizadas todas em Tel Aviv.

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