Uma fábrica de mísseis voltou a funcionar em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, segundo noticiaram jornais sul-coreanos em 7 de março. A fábrica de Sanum-dong é conhecida por produzir os primeiros mísseis norte-coreanos que podem ser lançados de um continente a outro, sendo capazes de atingir os Estados Unidos.

De acordo com a imprensa da Coreia do Sul, que cita o Sistema de Inteligência Nacional do país como fonte, uma movimentação de veículos de carga foi registrada ao redor da fábrica. Imagens de satélites comprovando ação, feitas em 22 de fevereiro, foram divulgadas no dia 9 de março pelo Instituto de Estudos Internacionais de Middlebury, na Califórnia (EUA). Segundo especialistas, não está claro se a Coreia do Norte produzirá mísseis ou foguetes espaciais no local.

#pracegover: imagem aérea, feita por satélite, da região da fábrica na Coreia do Norte. É possível ver estruturas de edifícios. Foto: reprodução.


O presidente norte-americano, Donald Trump, disse acreditar no bom relacionamento com a Coreia do Norte e que ainda é cedo para saber se o país voltou a produzir mísseis, mas que ficaria decepcionado se isso fosse verdade. A fábrica teria sido desativada entre 2017 e 2018, quando o líder norte-coreano, Kim Jong-un, buscou se aproximar dos EUA e da Coreia do Sul.

Sem acordo
As informações foram divulgadas pouco depois da fracassada reunião entre Trump e Kim, no Vietnã, entre 27 e 28 de fevereiro. Os dois se encontraram com a promessa de chegar a um acordo, mas isso não aconteceu. Enquanto Trump quer que o líder norte-coreano acabe com a produção de armas nucleares, Kim pede o fim das proibições dos EUA ao comércio da Coreia do Norte.

Na ocasião, Trump disse que “gostaria muito” de suspender as proibições para que a economia norte-coreana pudesse crescer, mas se negou a assinar o acordo para não correr risco de fechar um mau negócio. Por meio da agência oficial de notícias da Coreia do Norte, a KCNA, o país asiático culpou os Estados Unidos pelo fracasso do encontro.

Fontes: CNN, Deutsche Welle, KCNA, G1, Reuters, UOL e The Telegraph.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 217 do jornal Joca.

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