De acordo com dados divulgados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e pelo projeto Monitor do Fogo, da rede MapBiomas, os meses de julho e agosto de 2025 apresentaram uma redução significativa tanto no número de focos de incêndio, como na área atingida pelo fogo. 

Em julho, o território nacional perdeu 748 mil hectares para as queimadas, 40% a menos do que no mesmo mês de 2024. Agosto manteve a tendência: até o dia 22, haviam sido registrados 39.740 focos em todo o país, contra 97.742 no ano passado — uma queda de 59%. O resultado chama a atenção porque agosto fica no meio do período seco, de maio a outubro, quando os incêndios costumam aumentar.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) alertou que a seca piorou em 14 estados, principalmente no Nordeste, onde a Caatinga voltou a registrar “seca extrema”, o segundo nível mais grave do monitoramento.

“A redução pode estar associada a diferentes fatores. Entre eles, o retorno das chuvas em algumas regiões, como na Amazônia, a intensificação da fiscalização em áreas críticas e até uma postura mais cautelosa do uso do fogo após os prejuízos dos anos anteriores”, disse Vera Arruda, coordenadora técnica do MapBiomas em entrevista à Agência Brasil. Além disso, o reforço na fiscalização foi apontado como outro fator positivo.

As três principais causas de queimadas

Naturais: são aquelas em que um fenômeno natural sem controle dos humanos ocorre e gera um incêndio de forte intensidade. Por exemplo, raios que caem em florestas muito secas. 

Humana acidental: em que pessoas provocam incêndios sem intenção, como quando fumantes descartam cigarros incorretamente ou alguém tenta fazer pequenas fogueiras para uso próprio e elas fogem do controle.

Humana intencional: neste caso, os humanos provocam incêndios deliberadamente. Por exemplo, pecuaristas que buscam abrir espaço para criar gado no local. 

Fontes: Agência Brasil, Veja, MapBiomas e O Globo. 

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