No poder há 37 anos, o presidente do Zimbábue Robert Mugabe renunciou ao cargo nesta terça-feira, 21 de novembro.

Em carta enviada ao parlamento, Mugabe disse que deixa a presidência de forma voluntária para que haja uma transferência tranquila.

No poder desde 1980, Mugabe, 93 anos, liderou o país durante o processo de independência. Ele foi primeiro-ministro até 1986 e depois, com a mudança para o sistema presidencialista, foi reeleito presidente várias vezes sob acusações de fraude.

A crise no país teve início no começo do mês, quando militares começaram uma operação contra “criminosos” próximos ao presidente e o afastaram do cargo. Na operação, o exército tomou as ruas e assumiu o controle de prédios públicos e da TV estatal.

Mugabe chegou a afastar seu vice, Emmerson Mnangagwa, do cargo e seu partido, o União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (Zanu-PF em inglês), deu o ultimato para que o presidente renunciasse até a última segunda-feira.

Como o prazo expirou, os parlamentares começaram a discutir o processo de impeachment. Com a entrega da carta, o processo foi suspenso e a renúncia teve valor imediato. Milhares de pessoas foram às ruas para comemorar.

Motivos da crise

Os últimos anos de governo de Robert Mugabe foram marcados por uma grave crise econômica. Entre os anos 2000 e 2008, a população viveu situação de pobreza extrema.

Como resultado, cerca de 27% das crianças com menos de 5 anos têm problemas de crescimento, com 9% em estado grave por causa de desnutrição, segundo a Pesquisa Demográfica e de Saúde do Zimbábue de 2015.

Com população atual de 16,1 milhões de pessoas, a taxa de desemprego no país é de 90%.

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