Por Martina Medina O valor conjunto de alimentos essenciais para os brasileiros (a cesta básica) aumentou em março nas 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em relação ao mês anterior. A capital com a cesta básica mais cara foi São Paulo (R$ 509,11), enquanto a mais barata foi encontrada
Por Martina Medina
O valor conjunto de alimentos essenciais para os brasileiros (a cesta básica) aumentou em março nas 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em relação ao mês anterior. A capital com a cesta básica mais cara foi São Paulo (R$ 509,11), enquanto a mais barata foi encontrada em Salvador (R$ 382,35).
O que é cesta básica?
Ela reúne itens de alimentação necessários para que um trabalhador e sua família vivam bem no Brasil. O conceito foi criado em 1938, pelo governo Getúlio Vargas (1930-1945), assim como outras garantias trabalhistas, como o salário mínimo (a menor quantia que um empregador pode pagar ao funcionário — saiba mais na edição 105 do Joca).
O que vai na cesta?
De 12 a 13 itens: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, feijão carioquinha ou preto, batata, tomate, farinha de trigo ou de mandioca, açúcar, óleo de soja, manteiga, pão francês e café.
Como é feito o cálculo?
O Dieese pesquisa a cada mês o preço dos produtos em mercados de 18 cidades brasileiras para chegar ao valor médio da cesta básica em cada uma delas.
Por que o preço subiu?
Em março, mais produtos tiveram aumento de preço do que redução no valor. Entre os motivos para o encarecimento estão a redução de área plantada e o clima (fortes chuvas ou calor intenso prejudicaram plantações). Com menos alimentos disponíveis para compra, o preço deles sobe.
Por que os valores variam pelas cidades brasileiras?
A composição da cesta é diferente nas regiões do país. Enquanto no Sul são incluídos 6,6 quilos de carne, no Nordeste, o produto tem menor peso: 4,5 quilos. A farinha de mandioca, típica no Norte, é substituída pela farinha de trigo no Sudeste, onde esse produto é mais usado. A batata fica de fora das cestas usadas como referência no Norte e no Nordeste, enquanto está presente nas demais regiões do país. Além disso, o desenvolvimento econômico e industrial é maior na Região Sudeste, que concentra salários mais altos. Assim, os valores cobrados por produtos e serviços nessa parte do país são maiores do que em outras regiões.
Especialistas consultados: Mauro Rochlin, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Patrícia Lino Costa, supervisora de preços do Dieese.
Fontes: Agência Brasil, Dieese e G1.
Reportagem publicada originalmente na edição 129 do jornal Joca.
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