Você sorriu ontem? Foi tratado com respeito ao longo do dia? Aprendeu algo novo? Moradores do Paraguai e do Panamá foram os que mais responderam “sim” a questões como essas, presentes no estudo Global Emotions Report (pesquisa global de emoções, em português), divulgado em maio.

O relatório analisou a percepção de cidadãos de mais de 140 países sobre o próprio dia a dia e, a partir disso, fez dois rankings: um no qual as nações que encaram a vida com mais positividade ficam no topo e outro, em que as primeiras posições são ocupadas por países que enxergam a vida de maneira mais dura. Para elaborar as listas, em 2018, os pesquisadores entrevistaram 151 mil pessoas maiores de 15 anos e perguntaram a elas sobre experiências positivas e negativas no dia anterior à pesquisa.

Paraguai e Panamá empataram no primeiro lugar da lista de países “mais positivos”, com 85 pontos de 100. Já no ranking de nações “mais negativas” está o Chade, com 54 pontos. Os cidadãos do país africano foram os que mais responderam positivamente a questões como “você sentiu dor física?”, “você teve preocupações?” e “você se sentiu triste?”

O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking positivo, com 72 pontos, e a 15ª na lista dos países mais pessimistas, com 35 pontos.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos latino-americanos, “há uma tendência cultural no continente em focar nas partes boas da vida”, afirma o relatório. “No caso do Chade, o resultado se deve, em parte, à violência, à falta de moradia e ao colapso de serviços básicos que afetam milhões de famílias.”

Países com maior número de experiências positivas

Países com maior número de experiências negativas

Como a pontuação de cada país é medida?
As pessoas que respondessem “sim” a uma das perguntas positivas ou negativas tinham as respostas multiplicadas por cem. Depois, os pesquisadores somavam os resultados de todos os participantes para chegar à pontuação total de cada país nos dois rankings. Esse número poderia variar entre zero e cem.

Felicidade x riqueza
Os pesquisadores por trás do estudo afirmam que, embora as pessoas que moram em países ricos tendam a ter uma qualidade de vida boa (com casa, comida, emprego, entre outros), elas não necessariamente encaram a vida de forma leve e positiva. “Um exemplo são os Estados Unidos. Apesar de a economia estar crescendo, em 2018, mais americanos estavam estressados, irritados e preocupados do que na edição de 2017 da pesquisa”, afirma o relatório.

Correspondente internacional
“Em meu país, sempre buscamos o lado bom ou engraçado das coisas. Todos os dias, sorrio e dou gargalhadas. Muitas vezes, aprendo algo novo no colégio e faço atividades interessantes, como experimentar pratos em restaurantes diferentes.” Michelle Barranco, 17 anos, Cidade do Panamá (Panamá)

Fontes: Agência Brasil, CNN, Estadão, Folha de S.Paulo, G1 e ONU.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 131 do jornal Joca.