Dados são do Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Em 2020, quase 44 mil pessoas foram registradas como desaparecidas na África, segundo um relatório divulgado em 30 de agosto pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Cerca de metade desse total é de menores de 18 anos. De acordo com a entidade, o número é o maior dos últimos dez anos — em 2010, eram 4.253 pessoas. Entre os fatores que podem ter levado ao crescimento estão o aumento dos conflitos armados na última década e o fato de os governos locais estarem fazendo mais registros de desaparecidos do que antes.
“Todos os dias, milhares de pais, irmãos, avós e outros ficam esperando por notícias de entes queridos que sumiram durante conflitos armados, situações de violência, desastres [naturais, como terremotos e furacões] e ao longo do processo de migrar para outro país [em busca de melhores condições de vida]”, afirma o relatório.
A Cruz Vermelha ainda aponta que, ao que tudo indica, os 44 mil desaparecidos incluídos no levantamento são uma pequena parcela do total de pessoas que, de fato, sumiram no continente nos últimos anos. Isso ocorre por dois motivos: os pesquisadores reuniram dados do total de desaparecidos de 20 países da África (são 54); há muitos casos de sumiços não registrados em documentos oficiais por parentes e conhecidos.
Números do levantamento
Crianças-soldados
Ao redor do mundo, como na África, existem crianças que são obrigadas a participar de conflitos. De acordo com Organização das Nações Unidas (ONU), 8.500 crianças passaram por essa situação no planeta em 2020.
Fonte: Agência Brasil e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 176 do jornal Joca
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