O físico e pesquisador britânico Stephen Hawking morreu na madrugada desta quarta-feira, 14, aos 76 anos, em sua casa, na Inglaterra.

Um dos cientistas mais conhecidos do mundo, Hawking ficou famoso por estudar e desafiar os limites do universo. Além disso, o pesquisador se destacou por sobreviver a uma doença degenerativa conhecida como ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica – que enfraquece os músculos do corpo.

Por causa da doença, Hawking só conseguia mover um dedo e os olhos voluntariamente. Para se comunicar, o físico formava as palavras em uma tela de computador com o movimento dos olhos, comando também utilizado para movimentar sua cadeira de rodas.

Impossibilitado de falar, a voz de Hawking passou a ser ouvida com o som robótico produzido por um sintetizador de voz.

Hawking é considerado o maior cientista na era pós-Einstein. Uma ligação cósmica entre eles talvez explique o fato de sua morte ocorrer no mesmo dia em que Albert Einstein (1879-1955) nasceu: 14 de março, só que no ano de 1879.

Outra coincidência sobre datas é que Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, exatos 300 anos após a morte de outro gênio da ciência, Galileu Galilei.

Descobertas
Em 1974, Hawking concluiu que os buracos negros do universo não são complemente escuros como se acreditava. Segundo o cientista, eles podem soltar partículas e radiação antes de desaparecerem.

O cientista conquistou muitos fãs por sua capacidade em transformar suas descobertas em uma linguagem fácil. Suas pesquisas ajudaram a humanidade a conhecer tudo o que sabemos sobre o universo até agora.

Amante do cosmos, ele declarou em seu aniversário de 70 anos: “Olhe para as estrelas, não para os seus pés”, disse Hawking em 2012.

Na mesma comemoração, o cientista confessou que não aprendeu a ler corretamente até os oito anos, e que seus amigos fizeram uma aposta de que ele “nunca chegaria a lugar algum”. “Meus colegas me deram o apelido de Einstein”, disse o pesquisador em referência ao fato do físico alemão não ter sido bom aluno.

Trajetória
Ao contrário do que seus colegas imaginavam, Hawking brilhou mais que uma estrela. Aos 17 anos, ele entrou para a University College, em Oxford. Lá ele estudou física e se formou em 1962. Em 1966, tornou-se Ph.D. em cosmologia pelo Trinity Hall, em Cambridge.

Ao terminar a faculdade, aos 21 anos, descobriu que possuía esclerose lateral amiotrófica. “Vivi sob o espectro de uma morte precoce durante os últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa de morrer. Há tanta coisa que quero fazer primeiro”, disse ao jornal Guardian em 2011.

Aos 65 anos, ele realizou o sonho de flutuar em uma experiência dentro de um jato da Agência Espacial Norte-americana (Nasa) que simula a ausência de gravidade. Em homenagem póstuma, a Nasa escreveu em suas redes sociais “’Pode continuar voando como Superman”.

Hawking escreveu seu primeiro best-seller “Uma breve história do tempo” em 1988. O livro foi traduzido para 35 línguas e teve mais de 10 milhões de cópias vendidas em 20 anos. Sua obra inclui ainda outros três best-sellers e uma série de livros infantis, produzidos com sua filha Lucy Hawking.

Os três filhos de Hawking, Lucy, Robert e Tim, divulgaram um comunicado sobre a morte do pai. “Estamos profundamente entristecidos pela morte do nosso pai”. O cientista foi casado duas vezes.

Em 2014, o filme “A Teoria de Tudo” mostrou ao mundo a vida do maior cientista pós Einstein. O longa rendeu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayner, que interpretou o físico.

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