pedaço de foguete 184
Na imagem, comparação feita pela equipe da Bramon entre o suposto pedaço de foguete e o Falcon 9. / #pracegover: foto do suposto pedaço de foguete, encontrado sobre a grama. Ao fundo, parte do veículo espacial para fazer a comparação. Crédito de imagem: ARQUIVO PESSOAL/JOÃO RICARDO PACHECO

No dia 16 de março, foi encontrado, na cidade de São Mateus do Sul (PR), um objeto que suspeitam ser o pedaço de um foguete. Com 4 metros de comprimento e 6 de diâmetro (pouco mais do que o tamanho de um carro), o item foi visto pela primeira vez pelo mecânico e agricultor João Ricardo Porte enquanto ele andava pela propriedade da família. Ele conta que, uma semana antes, ouvira um grande barulho atingindo a região — o que poderia ser o som do pedaço do foguete caindo no chão.

Segundo a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), as características do fragmento e a região onde foi encontrado levam a crer que se trata de um pedaço do foguete Falcon 9, da empresa SpaceX. Na semana em que João Ricardo ouviu o barulho, a estrutura estava entrando na órbita da Terra e passando bem em cima da cidade onde ele mora. Além disso, o pedaço tem aparência e tamanho muito parecidos com os de um motor usado no Falcon 9.

O material é muito fino e, em teoria, não seria capaz de resistir à passagem pela atmosfera terrestre. Porém, segundo especialistas da Bramon, o item pode ter suportado o impacto por estar voltado para trás ao passar pela órbita. “O calor mais intenso pode ter ficado concentrado na frente do foguete e seu corpo acabou protegendo a parte onde estava o pedaço que caiu”, explica Marcelo Zurita, diretor técnico da rede.

Agora, a Agência Espacial Brasileira (AEB) está analisando o objeto para dar uma resposta definitiva sobre sua origem. O resultado deve sair até junho. Até o fechamento desta edição, a SpaceX não tinha se pronunciado sobre o caso.

Objetos espaciais podem cair em alguém?
Segundo Marcelo Zurita, as chances de um objeto espacial, como o pedaço de um foguete, cair em cima de alguém são praticamente zero. “Dois terços da superfície da Terra são cobertos por oceanos e 80% das áreas de continente não são habitadas por humanos. Isso já reduz muito a possibilidade de algo cair em regiões com pessoas. E, mesmo que caia, ainda seria muito difícil acertar bem na cabeça de alguém”, explica.

Fontes: CNN, Olhar Digital, Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros e RDX FM.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 184 do jornal Joca.

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