As últimas notícias sobre o comportamento da moeda norte-americana refletem um cenário de incerteza na economia mundial. Isso ocorre, principalmente, por causa dos desentendimentos nas relações de comércio entre Estados Unidos e China, mas a situação piora com o coronavírus.

Um exemplo disso está no anúncio da gigante de tecnologia Apple, dizendo que não vai faturar o que esperava no primeiro trimestre de 2020 porque fornecedores de peças, localizados na China, suspenderam as atividades com o surto da doença.

Apesar de a desvalorização de moedas não ser algo que acontece só no Brasil, por aqui temos mais uma preocupação: nossa economia, com problemas há algum tempo, não está se recuperando na velocidade esperada. Assim, o Brasil se torna um país menos atrativo para investidores estrangeiros — com menos dinheiro estrangeiro entrando, o real se desvaloriza ainda mais em relação ao dólar.

Com isso, alguns produtos que têm o preço ligado à moeda dos EUA ficarão mais caros. São as chamadas commodities, como trigo, gasolina, soja e café. Mesmo os itens fabricados no Brasil podem sofrer impacto. Isso porque os concorrentes importados ficarão mais caros, abrindo espaço para reajustes de preços por nossos produtores locais.

Converse com sua família e, juntos, fiquem atentos às altas dos preços para controlar os gastos.

Marcelo Siqueira
Planejador financeiro certificado CFP®, formado em economia com pós-graduação em mercado de capitais pela FEA-Fipe. Auxilia famílias e pessoas na condução e otimização de recursos, no planejamento e conquista de sonhos e na construção de patrimônio. E-mail: marcelo.siqueira@futurarplan.com.br

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 144 do jornal Joca.