Satélite natural da terra, a Lua está escolhendo, de acordo com um estudo feito pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), publicado no dia 13 de maio. Especialistas acreditam que ela teria ficado cerca de 50 metros mais “magra” em diâmetro ao longo das últimas centenas de milhões de anos — e o processo de encolhimento segue acontecendo. A explicação começa no interior do satélite. Conforme a parte interna esfria, a Lua vai
Satélite natural da terra, a Lua está escolhendo, de acordo com um estudo feito pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), publicado no dia 13 de maio. Especialistas acreditam que ela teria ficado cerca de 50 metros mais “magra” em diâmetro ao longo das últimas centenas de milhões de anos — e o processo de encolhimento segue acontecendo.
A explicação começa no interior do satélite. Conforme a parte interna esfria, a Lua vai encolhendo. Isso faz a crosta quebrar e formar fissuras, com uma parte da crosta em cima de outra. Como essas fissuras estão ativas, elas são capazes de produzir os chamados terremotos lunares. “Alguns desses terremotos podem ser bem fortes, chegando ao nível 5 na escala Richter [saiba mais abaixo]”, explica Thomas Watters, cientista do Museu Nacional do Ar e do Espaço do Instituto Smithsonian, de Washington, Estados Unidos.
Para realizar a pesquisa, os cientistas analisaram dados de quatro aparelhos que já foram usados na Lua para detectar informações sobre terremotos. Os dados, então, foram inseridos em um programa capaz de identificar em que locais do satélite esses tremores aconteceram. Assim, descobriu-se que oito dos 28 terremotos detectados ocorreram relativamente perto das fissuras, o que permite afirmar que há uma relação entre elas e as tremedeiras.
“Para mim, esses achados enfatizam que precisamos voltar à Lua. Nós aprendemos muito com as missões Apollo [que tinham o objetivo de explorar o satélite, entre 1961 e 1972], mas elas apenas atingiram a superfície”, disse um dos autores do estudo, Nicholas Schmerr, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
O que é escala Richter?
Ela mede a intensidade dos terremotos e vai do grau zero a infinito. Quanto maior o número, mais forte é o tremor. Na Terra, terremotos a partir do grau 4 já costumam causar estragos. O mais forte da história atingiu o Chile em 1960 e teve 9,5 graus de magnitude.
O “emagrecimento” da Lua pode afetar a terra?
Não, pois o que está mudando é o tamanho da Lua e não a massa, como explica o professor Roberto da Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. “O fenômeno das marés está relacionado com a massa da Lua. Como a massa não se alterou, a influência sobre a Terra não se altera também”, diz ele.
Nosso satélite natural tem grande influência no movimento das marés dos oceanos, que podem ficar altas ou baixas. Isso porque a força gravitacional da Lua atrai a Terra, e a Terra, por sua vez, atrai a Lua. Esse jogo de forças faz com que as águas do mar se movam dependendo da posição da Lua em relação ao nosso planeta.
Massa = não varia de um lugar para o outro, pois não sofre influência da gravidade.
Peso = é o resultado da multiplicação da massa de um corpo pela gravidade do local, ou seja, varia conforme a gravidade. Quer saber quanto você pesaria em Marte? Acesse: bit.ly/peso-marte.
Fontes: BBC, Nasa e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 132 do jornal Joca.
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