lockdown aliviado xangai 189
Pessoas andam pelas ruas da cidade chinesa de Xangai em 3 de junho, após alívio no lockdown. / #pracegover: pessoas circulando pelas ruas de Xangai, destaque para mulher com um carrinho de bebê. Crédito de imagem: HUGO HU/GETTY IMAGES

A cidade chinesa de Xangai aliviou, no dia 1º de junho, o lockdown que já durava dois meses na região — relembre na edição 186 do Joca. Com a liberação, o transporte público voltou a funcionar, cidadãos retornaram ao trabalho presencial e shoppings e bancos reabriram as portas.

A decisão de diminuir as medidas de restrição veio após uma queda no número de casos de covid-19. No auge da última onda da doença, em 15 de abril, a taxa de novos infectados na cidade chegou a mais de 23 mil pessoas. Já em 1º de junho, apenas 13 novos doentes foram registrados.

No entanto, Xangai continua adotando algumas regras para controlar o vírus. Cinemas, museus e academias permanecem fechados, estudantes continuam tendo aulas remotas e, para entrar no transporte público, em shoppings e bancos, é necessário apresentar um teste negativo de covid-19 feito nas últimas 72 horas.

Além disso, dos 26 milhões de pessoas que vivem na cidade, cerca de 650 mil continuam sem poder sair de casa. Esse grupo inclui quem está com covid-19 e quem mora com doentes ou vive em áreas onde um dos moradores contraiu o vírus.

Plano de recuperação econômica
Xangai é o principal centro econômico da China. Com o lockdown, fábricas, portos e estabelecimentos ficaram fechados, fazendo com que o consumo e a produção caíssem e a economia do país fosse afetada.

Para melhorar a situação, o governo chinês anunciou um plano, no fim de maio, com 50 medidas de recuperação econômica. Ele inclui a retomada das atividades presenciais em todos os setores e a permissão para que donos de negócios atrasem o pagamento de aluguéis.

Situação da covid-19 na Coreia do Norte
Em maio, a Coreia do Norte, vizinha da China, teria registrado a primeira onda de covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com o governo local. O país, que não vacinou a população contra a doença e não dispõe de um sistema de saúde de qualidade, teria registrado cerca de 3,7 milhões de casos até 31 de maio, de acordo com a agência de notícias do governo.

Em 27 de maio, no entanto, autoridades norte-coreanas anunciaram que o surto estava melhorando e que havia uma queda no número de casos. Segundo os representantes, no início daquele mês, a Coreia do Norte tinha registrado 390 mil novos infectados pela doença, enquanto, no fim de maio, essa taxa caíra para 100 mil.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, o cenário não seria tão favorável. “Atualmente, não podemos avaliar corretamente a situação no terreno. Partimos do princípio de que as coisas estão piorando, e não melhorando”, disse Michael Ryan, chefe de situações de emergência da OMS, durante entrevista coletiva em 1º de junho. Ele lamentou a falta de informações sobre o que acontece no país.

Fontes: BBC, Bloomberg, CNN, Euronews, Folha de S.Paulo, KCNA, O Globo, The Guardian, UOL e Valor.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 189 do jornal Joca.

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