A versão australiana do jornal britânico The Guardian publicou, no dia 1º de fevereiro, o primeiro artigo feito por um robô. O texto, no site da publicação, traz um balanço das doações recebidas pelos partidos políticos da Austrália nos últimos anos e foi feito a partir de um conjunto de dados, que, inseridos em um
A versão australiana do jornal britânico The Guardian publicou, no dia 1º de fevereiro, o primeiro artigo feito por um robô. O texto, no site da publicação, traz um balanço das doações recebidas pelos partidos políticos da Austrália nos últimos anos e foi feito a partir de um conjunto de dados, que, inseridos em um modelo de texto, deram origem à notícia.
De acordo com o jornal, a iniciativa de colocar uma máquina para criar um texto se deve à grande quantidade de notícias que os jornalistas precisam escrever atualmente. Isso muitas vezes deixa esses profissionais com pouco tempo para se dedicar a reportagens que precisam de mais investigação.
Com o ReporterMate, como o robô responsável pelo artigo foi chamado, matérias que envolvam muitas análises matemáticas, por exemplo, podem ser resolvidas em menos tempo, liberando a agenda dos jornalistas.
Entretanto, o robô só faz textos padronizados, como balanços sobre a economia ou a previsão do tempo. Os humanos seguem sendo mais do que necessários quando uma reportagem precisa de estudo ou investigação, como descobrir os motivos para o clima estar alterado ou entender os fatores que fazem a economia mudar.
A inciativa da publicação The Guardian é uma inovação no jornalismo, mas não é inédita. O jornal Los Angeles Times, dos Estados Unidos, por exemplo, usa o robô QuakeBot há alguns anos, apenas para textos com dados específicos.
Fontes: Los Angeles Times, Narrative Science e The Guardian.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 125 do jornal Joca.
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