Parte da fronteira entre México e Estados Unidos, em San Diego, estado norte-americano da Califórnia | #pracegover: a imagem mostra uma área montanhosa, na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Há uma cerca beirando uma via feita de asfalto. Crédito de imagem: Getty Images.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência nacional no dia 15 de fevereiro. Esse tipo de ação, feita quando o país está passando por uma crise, dá poderes especiais ao líder máximo da nação. No caso, Trump alega que não tinha outra escolha, já que, segundo ele, o país sofre com o grande número de imigrantes que entram ilegalmente pela fronteira do México e, ao chegar aos Estados Unidos, cometem crimes e aumentam a violência.

Com o estado de emergência nacional decretado, alguns processos políticos se tornam mais flexíveis. Isso significa que Trump não precisaria da autorização do Congresso (local em que trabalham os deputados e senadores) para conseguir o dinheiro que ele acredita ser necessário para a construção de um muro na fronteira entre México e Estados Unidos.

No dia 14 de fevereiro, os parlamentares fecharam um acordo para usar 1,4 bilhão de dólares (aproximadamente, 5 bilhões de reais) na construção de barreiras no limite entre os dois países. Trump, no entanto, não ficou satisfeito com a decisão, já que, na opinião dele, o valor é baixo – para o presidente, o ideal seriam 5,7 bilhões de dólares (mais ou menos 21 bilhões de reais).

Visão oposta
Aqueles que são contrários a Trump, porém, alegam que o país não passa por uma grande crise e que o presidente declarou estado de emergência nacional apenas para conseguir os recursos para a construção do muro. Agora, 16 estados, incluindo Nova York e Califórnia, estão abrindo um processo (ação na Justiça) contra o presidente. Eles afirmam que o Congresso deve decidir como o dinheiro do país será gasto e que Trump não está agindo de acordo com a lei.

O presidente, por sua vez, acredita que ganhará o processo e que a construção do muro é importante para a proteção dos cidadãos americanos.

Correspondente internacional
“O muro foi uma promessa de Trump para o povo americano e, sem conseguir cumpri-la, ele pode ser prejudicado na campanha eleitoral de 2020 [quando ele pode tentar se reeleger]. Na minha opinião, esse muro não é a solução para os problemas de imigração. Muitos imigrantes mexicanos estão no país legalmente, e o número de pessoas apreendidas na fronteira está caindo a cada ano. Então, por que estamos em uma situação de emergência? Desde 1776, os Estados Unidos têm sido um símbolo de liberdade e novas oportunidades. Nos últimos 200 anos, o país tem sido um modelo para o resto do mundo seguir. Nós recebemos imigrantes e refugiados de todos os locais, que vêm em busca de um lar longe da violência e perseguição que enfrentam em sua terra. A minha cidade, Nova York, é um grande símbolo dos valores americanos. Há muitas culturas e etnias convivendo umas com as outras. A cultura de cada povo é única para ele, embora todos se sintam ligados pelo título de americanos. Para mim, ser cidadão americano significa que você trata outros americanos com compaixão e respeito, independentemente do país de origem da pessoa ou da cor da sua pele”, Chetan C., 17 anos, de Nova York, Estados Unidos

#pracegover: Chetan C. usa camiseta branca e aparece na imagem sorrindo. Crédito de imagem: arquivo pessoal.

Quer saber mais sobre o muro que Trump pretende construir? Leia a edição 124 do Joca.

Fontes: BBC, El País, Fox News, G1, The New York Times e The Guardian.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 216 do jornal Joca.

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