Manifestantes ocupam as ruas de Hong Kong. Foto: Vernon Yuen/NurPhoto via Getty Images
Manifestantes ocupam ruas de Hong Kong em 17 de junho. Foto: Anthony Kwan/Getty Images

Desde 12 de junho, as ruas da ilha de Hong Kong, na China, estão sendo tomadas por manifestantes insatisfeitos com o governo. Entenda os motivos do conflito.

O que motivou os protestos?
Tudo começou quando a chefe do governo local, Carrie Lam, propôs um projeto de lei que permitia que suspeitos de terem cometido crimes fossem extraditados, ou seja, entregues para as autoridades de Pequim para serem julgados.

Hong Kong possui relativa autonomia em relação à China. Depois da Primeira Guerra do Ópio (1839-1842), o território passou a ser dos ingleses e só foi devolvido para a China em 1997, sob a condição de que teria um sistema de leis independente em relação ao chinês até 2047.

Por isso, esse projeto de lei que definia que alguns suspeitos fossem enviados para serem julgados e, caso condenados, punidos dentro das leis de Pequim, capital da China, desagradaram parte do povo de Hong Kong.

Quantas pessoas participaram dos atos?
Enquanto a polícia calcula que cerca de um milhão de pessoas foram às ruas, os organizadores dos protestos divulgaram a participação de 2 milhões de pessoas.

Por que Hong Kong é um território diferente?
Durante a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842), Hong Kong foi ocupado pelo Reino Unido. Em 1898, a China entregou o território à Inglaterra durante 99 anos. Em 1984, os dois países assinaram um acordo para a devolução de Hong Kong à China, marcada para acontecer em 1997. Nesse meio-tempo, Hong Kong passou a servir como refúgio de muitos opositores políticos do governo chinês. A partir de 1997, o território passou a ter status de região administrativa especial, com um sistema político e financeiro diferente do restante do país, mas com o mesmo sistema de defesa e de política externa definidos pela China.

O que dizem os dois lados do conflito?
Uma parcela da população da cidade afirma que esse é um jeito de o governo chinês ameaçar a liberdade de leis da ilha, além de perseguir os habitantes que não concordam com a política chinesa, aliada às leis de Pequim.

Já o governo afirma que a medida é importante para que Hong Kong não seja um lugar de refúgio para pessoas que cometeram crimes, uma vez que a ilha abriga muitos chineses que buscam fugir da perseguição política da capital do país.

Por que os protestos continuam?
Carrie Lam anunciou, em 15 de junho, a suspensão do projeto de lei que permitia extradições para a China, mas isso não foi suficiente para os manifestantes. Eles pedem que o projeto de lei seja definitivamente cancelado e exigem a renúncia de Lam. Por isso, as manifestações continuam e a maior parte da população ainda está insatisfeita.

Houve violência nos protestos?
Durante as manifestações, a polícia chinesa tentou conter o povo que estava nas ruas com bombas de gás lacrimogêneo (que irritam a pele, os olhos e o nariz), spray de pimenta e balas de borracha. Os manifestantes afirmam que o governo usou a força para dispersar os grupos, deixando ao menos 81 feridos.

Raio X de Hong Kong
População: 7,44 milhões de habitantes
Área: 1.104 km²
Idiomas: chinês e inglês
Moeda: dólar de Hong Kong

Fontes: Agência Brasil, El País, Folha de S.Paulo, G1, O Tempo, R7 e The Wall Street Journal.

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