Em 8 de outubro, um dia após Donald Trump (presidente dos Estados Unidos) ter retirado tropas do território sírio, a Turquia iniciou um bombardeio contra o norte da Síria, onde vivem curdos (grupo com 35 milhões de pessoas pelo mundo, sem país próprio).

O Exército dos EUA na Síria era uma das formas de proteção para os curdos, que ajudaram os  norteamericanos no combate ao grupo Estado Islâmico, considerado terrorista, na região.

Trump retirou as tropas para se aproximar da Turquia e cumprir a promessa eleitoral de afastar os EUA de conflitos antigos.

Turquia x curdos

Os curdos controlam uma grande área da Síria. O fato incomoda Recep T. Erdoğan, presidente turco. Segundo ele, o fato poderia levar a “um corredor terrorista ao longo da fronteira” com a Turquia — que considera a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG) um grupo terrorista.

Em 17 de outubro, foi declarado um cessar-fogo: por cinco dias ninguém poderia atacar. A trégua, mediada pelos EUA, quer fazer os curdos deixarem em segurança a região onde o governo turco planeja construir uma “zona segura” — para transferir alguns dos milhões de refugiados sírios que passaram a viver na Turquia fugindo da Guerra Civil Síria (iniciada em 2011).

Os curdos disseram ter deixado a cidade síria de Ras al-Ayn, na fronteira com a Turquia — que ameaça voltar a atacar o norte sírio se os curdos não se retirarem de outras cidades até o dia 22 (veja a atualização no site do Joca).

Até o fechamento desta edição, o conflito tinha deixado 42 mortos e obrigado 160 mil pessoas (70 mil delas, crianças) a deixar as casas onde viviam, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Fontes: Agência Brasil, G1, Time e United Nations Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (UN Ocha).

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 140 do jornal Joca.

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