O número é o menor em dez anos
Os resultados do Enem 2024 foram divulgados em 13 de janeiro e revelaram uma queda significativa no desempenho em redação. De acordo com o Ministério da Educação, apenas 12 candidatos em todo o Brasil alcançaram a nota máxima de mil pontos, o menor número em dez anos.
Os 12 estudantes estão distribuídos por nove estados brasileiros, além do Distrito Federal: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Apenas Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram mais de uma redação com nota mil. Entre elas, destaca-se a conquista de uma estudante de Viçosa, em Minas Gerais, que foi a única representante da rede pública de ensino na lista.
Apesar do menor número de notas máximas, a proficiência média na redação, equivalente à média geral, aumentou para 660 pontos, 15 pontos a mais do que na edição de 2023.
O Enem é a porta de entrada de alunos do ensino médio em universidades públicas e o acesso a bolsas de estudos em instituições particulares. A prova é composta de 180 questões de múltipla escolha mais a redação, e esta vale 20% da nota final dos candidatos. Por isso a redação é tão importante.
Os candidatos deste ano tiveram que escrever sobre o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Eles precisaram mostrar habilidades de interpretação de texto e argumentação para desenvolver o assunto.
Uma das hipóteses para o baixo número de notas máximas é que, este ano, os corretores foram orientados a descontar pontos de redação em que se percebeu o uso de modelos pré-prontos e com repertórios forçados. Com isso, a avaliação ficou mais exigente, principalmente com relação ao repertório apresentado pelo candidato.
A medida veio em resposta à venda de modelos pré-prontos na internet. Ao comprá-los, o candidato precisa apenas memorizar o texto e preencher lacunas com o tema pedido na edição da prova. O modelo traz referências a autores, filmes e livros genéricos, que servem para qualquer ocasião.
Fontes: Rádio Hoje em Dia, Ministério da Educação, G1 e Estadão.
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