Brasileiro vence primeira disputa de taekwondo da história das paralimpíadas

O taekwondo fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos na edição atual do evento, em Tóquio. Sendo assim, qualquer competidor que ganhasse a disputa entraria para a história da modalidade — e a boa notícia para os torcedores brasileiros é que um representante do país foi o vencedor da inédita medalha de ouro do esporte em paralimpíadas.

Na categoria até 61 kg, Nathan Torquato, da classe K44 (para atletas com complicações nos braços ou nas pernas — saiba mais abaixo) nem precisou lutar a final inteira para ganhar a disputa. Isso porque o adversário, Mohamed Elzayat, do Egito, sofreu um acidente na semifinal e teve que ser levado para o hospital. Durante a final, ele ainda não estava 100% recuperado e, após um golpe do brasileiro, os médicos consideraram que não era seguro que ele continuasse lutando. Assim, Nathan foi dado como vencedor e Elzayat ficou com a prata.

O bronze, por sua vez, foi para Daniil Sodorov, da Rússia, que foi eliminado na semifinal.

Como funcionam as classes no taekwondo?

As classes são grupos em que os atletas são inseridos de acordo com as deficiências que têm. No taekwondo paralímpico, há duas classes:

K43 – Para atletas com amputação ou malformação nos dois braços.

K44 – Para atletas com amputação, malformação, paralisia em um dos braços; paralisia leve em um dos lados do corpo; e diferença de tamanho entre as duas pernas.

Pela segunda paralimpíada consecutiva, Alessandro da Silva sobe ao lugar mais alto do pódio

Alessandro também foi campeão na Paralimpíada Rio 2016. Foto: Wander Roberto

Alessandro da Silva, do Brasil, conquistou o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F11 (para atletas com deficiência visual — saiba mais abaixo). Após fazer uma marca de 43,16 metros, o brasileiro não apenas garantiu o ouro, como bateu o recorde paralímpico, que pertencia a ele mesmo — o feito tinha sido alcançado na Paralimpíada do Rio, em 2016, quando ele também subiu ao lugar mais alto do pódio.

Confira os resultados dos medalhistas:

Ouro – Brasil – Alessandro da Silva – 43,16 metros.

Prata – Irã – Mahdi Olad – 40,60 metros.

Bronze – Itália – Oney Tapia – 39, 52 metros.

O que são as classes do atletismo de campo (Field – F)?

O atletismo de campo é representado pela letra “F”, de field, que, em inglês, significa “campo”. Nessas modalidades, os competidores são divididos em classes, que variam de acordo com o tipo e o grau de deficiência que têm. Confira alguns exemplos de classes:

F11 a F13 – Deficientes visuais.

F20 – Deficientes intelectuais.

F51 a F57 –  Atletas com deficiência nos membros inferiores (pernas). Competem em cadeiras de rodas. Os graus de deficiência variam de acordo com o número da classe.

Gabriel Araújo, da natação do Brasil, fatura mais um ouro

Gabriel Araújo deixa Tóquio com três medalhas. Foto: Miriam Jeske/CPB

O brasileiro Gabriel Araújo, também conhecido como Gabrielzinho, conquistou a segunda medalha de ouro na Paralimpíada de Tóquio. Na final dos 50 metros costas da classe S2 (para atletas com deficiência física — saiba mais abaixo), o brasileiro fez a prova em 53 segundos e 96 centésimos, colocando-se à frente de Alberto Abarza, do Chile (vencedor da prata), e Vladimir Danilenko, da Rússia (bronze).

A disputa foi a última de Gabriel na Paralimpíada de Tóquio. O atleta, que tem 19 anos, despede-se do evento com três medalhas, duas de ouro e uma de bronze.

Confira os resultados dos medalhistas:

Ouro – Brasil – Gabriel Araújo – 53 segundos e 96 centésimos.

Prata – Chile – Alberto Abarza – 56 segundos e 76 centésimos.

Bronze – Vladimir Danilenko – 59 segundos e 47 centésimos.

Como funcionam as classes na natação paralímpica?

No evento, os nadadores são divididos em classes, sendo que cada uma corresponde a um tipo e grau de deficiência. Esse sistema foi criado com o objetivo de promover disputas justas — os esportistas competem contra atletas que têm características similares.

As classes funcionam da seguinte forma: S – a letra sempre aparece na frente do nome da categoria. “S” representa a palavra swimming, que, em inglês, significa “natação”.

Classes S1 a S10 – nas quais os atletas têm limitações físico-motoras, ou seja, algo que comprometa a movimentação da pessoa, como a falta de braços e pernas. Quanto menor o número da classe, maior a deficiência. Exemplos: Classe S1: grande comprometimento físico-motor; classe S10: comprometimento físico-motor leve.

Classes S11 a S13 – atletas com deficiência visual. Neste caso, quanto menor o número, maior o comprometimento visual do atleta, ou seja, maior a dificuldade para enxergar.

Classe S14 – atletas com deficiência intelectual (dificuldade para aprender e realizar atividades do cotidiano, entre outras).

Nadador brasileiro Talisson Glock fatura o primeiro ouro em Tóquio

Talisson ganhou a prova dos 400 metros livre da classe S6. Foto: Miriam Jeske/CPB 

Depois de ganhar dois bronzes em Tóquio, Talisson Glock, do Brasil, conquistou o primeiro ouro, na prova dos 400 metros livre da classe S6 (para atletas com deficiência física).

O brasileiro fez a prova em 4 minutos, 54 segundos e 42 centésimos. Confira os resultados dos medalhistas:

Ouro – Brasil – Talisson Glock – 4 minutos, 54 segundos e 42 centésimos.

Prata – Itália – Antônio Fantin – 4 minutos, 55 segundos e 70 centésimos.

Bronze – Rússia – Viacheslav Lenskii – 5 minutos, 4 segundos e 84 centésimos.

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