NANCHANG, CHINA - AUGUST 07: Children participate in a game at a summer day care class on August 7, 2025 in Nanchang, Jiangxi Province of China. China's phased free preschool education policy will cover all children in their final year of kindergartens nationwide, benefiting around 12 million people this autumn semester, a Ministry of Finance official said at a press briefing on Thursday. (Photo by Liu Lixin/China News Service/VCG via Getty Images)

O governo da China anunciou que oferecerá educação pré-escolar 100% gratuita a partir do início do próximo ano letivo no país, em setembro. A nação já havia divulgado, em julho, que concederá ajuda de custo para crianças de até 3 anos. As medidas têm o objetivo de controlar a queda nos nascimentos no país. 

O Conselho de Assuntos de Estado chinês informou que a implantação da gratuidade vai acontecer aos poucos. Inicialmente, serão eliminadas as taxas de cuidado e educação para crianças no último ano do jardim de infância público, enquanto as creches particulares terão valores reduzidos. O programa, no entanto, não incluirá as taxas de alimentação.

O governo do país também oferecerá aos pais 3.600 yuans (o equivalente a 2.800 reais) anuais para cada criança com menos de 3 anos. 

Envelhecimento preocupa

A China é o segundo país mais populoso do mundo, atrás apenas da Índia, mas a população chinesa vem diminuindo há três anos consecutivos. Em 2024, por exemplo, o número de nascimentos foi de 9,54 milhões — metade do registrado em 2016, ano em que a política do filho único terminou, após 30 anos.

Em vigor entre 1979 e 2015, a política limitava a maioria das famílias a ter apenas um filho, com o objetivo de controlar o rápido crescimento populacional da época. Quem a descumprisse podia ser multado, entre outras penalidades.

A taxa de matrimônio também vem caindo, e muitos casais jovens têm adiado a decisão de ter filhos em consequência dos altos custos de criá-los e de preocupações com o futuro da própria carreira profissional.

Diante desse cenário, 20 províncias chinesas passaram a oferecer incentivos que vão desde pagamentos em dinheiro por filho até propostas de ampliação da licença-casamento, de cinco para 25 dias, e da licença-maternidade, de 60 para 150 dias.

Japão e Coreia também querem mais nascimentos

Pela primeira vez desde 1899, o Japão registrou menos de 700 mil nascimentos em um ano, em 2024. O primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, chama o cenário de “emergência silenciosa” e promete reverter a tendência com creches gratuitas e jornadas de trabalho mais flexíveis para apoiar famílias.

Já a Coreia do Sul registrou alta de 6,9% na taxa de natalidade nos cinco primeiros meses de 2024. Foram 106.048 bebês — o melhor resultado para o período desde 1981. Mas o alívio é parcial: o número ainda está longe do necessário para manter a população de mais de 51 milhões de pessoas nos próximos anos.

Fontes: DW, Reuters, O Globo, G1 e CNN Brasil.

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