O governo da China anunciou que oferecerá educação pré-escolar 100% gratuita a partir do início do próximo ano letivo no país, em setembro. A nação já havia divulgado, em julho, que concederá ajuda de custo para crianças de até 3 anos. As medidas têm o objetivo de controlar a queda nos nascimentos no país. O
O governo da China anunciou que oferecerá educação pré-escolar 100% gratuita a partir do início do próximo ano letivo no país, em setembro. A nação já havia divulgado, em julho, que concederá ajuda de custo para crianças de até 3 anos. As medidas têm o objetivo de controlar a queda nos nascimentos no país.
O Conselho de Assuntos de Estado chinês informou que a implantação da gratuidade vai acontecer aos poucos. Inicialmente, serão eliminadas as taxas de cuidado e educação para crianças no último ano do jardim de infância público, enquanto as creches particulares terão valores reduzidos. O programa, no entanto, não incluirá as taxas de alimentação.
O governo do país também oferecerá aos pais 3.600 yuans (o equivalente a 2.800 reais) anuais para cada criança com menos de 3 anos.
Envelhecimento preocupa
A China é o segundo país mais populoso do mundo, atrás apenas da Índia, mas a população chinesa vem diminuindo há três anos consecutivos. Em 2024, por exemplo, o número de nascimentos foi de 9,54 milhões — metade do registrado em 2016, ano em que a política do filho único terminou, após 30 anos.
Em vigor entre 1979 e 2015, a política limitava a maioria das famílias a ter apenas um filho, com o objetivo de controlar o rápido crescimento populacional da época. Quem a descumprisse podia ser multado, entre outras penalidades.
A taxa de matrimônio também vem caindo, e muitos casais jovens têm adiado a decisão de ter filhos em consequência dos altos custos de criá-los e de preocupações com o futuro da própria carreira profissional.
Diante desse cenário, 20 províncias chinesas passaram a oferecer incentivos que vão desde pagamentos em dinheiro por filho até propostas de ampliação da licença-casamento, de cinco para 25 dias, e da licença-maternidade, de 60 para 150 dias.
Japão e Coreia também querem mais nascimentos
Pela primeira vez desde 1899, o Japão registrou menos de 700 mil nascimentos em um ano, em 2024. O primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, chama o cenário de “emergência silenciosa” e promete reverter a tendência com creches gratuitas e jornadas de trabalho mais flexíveis para apoiar famílias.
Já a Coreia do Sul registrou alta de 6,9% na taxa de natalidade nos cinco primeiros meses de 2024. Foram 106.048 bebês — o melhor resultado para o período desde 1981. Mas o alívio é parcial: o número ainda está longe do necessário para manter a população de mais de 51 milhões de pessoas nos próximos anos.
Fontes: DW, Reuters, O Globo, G1 e CNN Brasil.
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